sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Afrasíabe e a peste

 

Afrasíabe estava sozinha chorando, sentada num banquinho de três pés em sua casa, quando vieram avisar que o monstro Ksyinzuiu estava se aproximando do vilarejo. Afrasíabe viu pela porta aberta a gente da vila fugindo como um rio, correndo numa só direção, mas ela mesma não se mexeu do lugar.

Quando os gritos haviam silenciado e o pó das ruas inchava para abrigar o sangue dos mortos, Ksyinzuiu ergueu o teto do casebre de Afrasíabe como se fosse a tampa de uma caixa e olhou para dentro.

– Ei, por que você não fugiu? – trovejou o monstro. – Por acaso não tem medo de mim?

– A peste levou meu marido e meu filho – disse Afrasíabe ajeitando os cabelos, sem parar de chorar e sem levantar os olhos. – Do que eu deveria fugir?

– Você por acaso não sabe que é para isso que os deuses enviam os monstros e as grandes catástrofes? Para que os homens coloquem seu próprio sofrimento numa perspectiva justa? Só grandes ameaças tem lastro para apagar dores compridas.

– Talvez você não seja uma ameaça tão grande – disse a mulher. – Talvez minha dor seja comprida demais para os recursos dos deuses.

Ksyinzuiu arregalou os olhos de peixe e rompeu numa gargalhada.

– Cá cá cá, mulher. Por causa da sua presença de espírito vou lhe dar uma escolha que nunca dei a ninguém. Você pode entregar-se voluntariamente à morte entre os meus dentes, ou pode tentar adivinhar os três segredos que juntos têm o poder de me destruir. Se você não conseguir, morrerá de qualquer forma. O que me diz? O que escolhe? Matar ou morrer?

– Não me importune com uma coisa nem outra. Se eu me entregar para morrer estarei desistindo da minha dor, que é meu bem mais precioso; se matar você, estarei trocando minha dor por uma vitória que em nada se equipara à extensão dela.

E olhou para o monstro, que tinha a altura de dois homens, a pele cor de pedra recoberta por espinhos curtos e grossos e uma horrenda cabeça de peixe que lhe saía diretamente do tronco.

– Muito bem, não posso matá-la se você não fugir ou se não vier ao meu encontro – opinou Ksyinzuiu. – Ouça outra oferta: junte-se a mim e seja o meu arauto, um anunciador da minha chegada nos lugares que devo visitar. Você é uma mulher triste, é certo que terá prazer em promulgar a desgraça.

Assim Afrasíabe tornou-se o arauto de Ksyinzuiu. Ela entrava nos vilarejos e anunciava, sem jamais levantar a voz, a iminência do açoite dos deuses. A desesperança no seu rosto era tão clara que todos desfaleciam, abandonando imediatamente a idéia de recorrer à compaixão do céu. Enquanto Afrasíabe ainda estava falando Ksyinzuiu aparecia, derrubando carroças e portões com os braços deformados e abrindo e fechando a bocarra, até que os os pés de Afrasíabe descansassem descalços no vermelho mais puro.

Um dia os dois chegaram a um vilarejo abandonado em cuja praça havia uma grande pilha de corpos em decomposição, e Ksyinzuiu falou:

– Não devemos seguir adiante, já completei o meu circuito nesta região. Todas as aldeias foram devoradas pela peste, não há mais o que matar.

E fez menção de seguir adiante, mas Afrasíabe disse:

– Esta é a aldeia para a qual viajaram meu marido e meu filho, a aldeia em que morreram comidos pela peste. Ksyinzuiu, adivinhei os seus três segredos, agora posso destruí-lo.

O monstro virou-se para olhá-la de frente.

– E quais são?

– O primeiro é o mais evidente, mas apenas quem o acompanhasse como tenho feito seria capaz de descobrir: você usa sua boca para matar, mas nunca para comer. Nos meses em que tenho sido o seu arauto nunca o vi pôr coisa alguma na boca. O segundo é este: você só mata os que não conseguem fugir, mas os cadáveres em decomposição que deixa para trás são a mesa pronta em que a peste se banqueteia. Sem os campos dos seus mortos a peste não teria como se multiplicar. Ela mata os que sua mão não consegue tocar, e matou minha família.

– Muito bem. E o terceiro?

– Ao terceiro se chega pela perspectiva dos outros dois. É verdadeiro o ditado que diz que a peste é o hálito de Ksyinzuiu, mas o monstro original está morto. O verdadeiro Ksyinzuiu foi substituído por um autômato que pode caminhar e matar mas não comer, uma estátua animada construída por alguém que desejava perpetuar a peste.

E estendeu a mão para tocar a pele de ferro de Ksyinzuiu.

– Você adivinhou os três segredos – disse o autômato. – Fui feito quando o verdadeiro Ksyinzuiu morreu. Construiu-me um homem que, como você, teve a família destruída pela peste; um homem cuja dor era tamanha que queria estendê-la de modo a comportar as futuras gerações. Deus criou o homem pela mesma razão.

– O que você quer fazer agora? – disse Afrasíabe.

– Ora, de posse dos três segredos você tem poder sobre mim e pode ordenar a minha destruição.

– Preciso pensar bem. Se deixar você viver terei de conviver com a culpa de não ter eliminado o horror que ceifou a minha família e ainda ceifará outras; se o destruir, terei de conviver com o mérito de ter livrado o mundo da destruição e da peste.

– E você não sabe o que é pior – sorriu o monstro.

– Não preciso apressar essa decisão – disse Afrasíabe, e foram caminhando juntos para o sul.

Paulo Brabo

filado da baciadasalmas.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O verdadeiro semi-árido




Em artigo recente no O Estado de S. Paulo, Washington Novaes apresenta um resumo resumido do livro A Potencialidade do Semi-árido Brasileiro, do geólogo e hidrólogo piauiense Manoel Bonfim Ribeiro -- que trabalhou em projetos de irrigação, construiu açudes e adutoras e foi diretor da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. Mais do que credenciado, portanto, para falar sobre a questão da água no Nordeste, em geral, e da discutida transposição das águas do Rio São Francisco. Como muitos cientistas, Ribeiro assegura que no semi-árido o problema não é de escassez mas de gestão. E cita uma enfiada de números de nos deixar de queixo caído, pelo menos a mim, de escasso conhecimento sobre essas questões.

O Nordeste tem 70 mil açudes, um a cada 14 quilômetros quadrados. É a região mais açudada do mundo. Nos 27 maiores desses açudes estão acumulados 21 bilhões de metros cúbicos de água, onze vezes a que faz os encantos da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Aqui ele se permite uma boutade e comenta: "O semi-árido é uma ilha cercada de água doce por todos os lados". Mas há mais: só nos oito grandes açudes do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, para onde serão levados 2 bilhões de metros cúbicos da água transposta do São Francisco, já se acumulam 12 bilhões de metros cúbicos de água pluvial. Dessa água estocada nos açudes, 30% se evaporam (o que vai acontecer, também, com certeza, com as águas da transposição). Mas há na região, ainda, a possibilidade de extrair 20 bilhões de metros cúbicos do subsolo (atualmente, extrai-se apenas 1 bilhão de metros cúbicos).

A pobreza do sem-árido, portanto, está no homem, não na terra, nem no clima -- e a conclusão não é minha, mas do autor. Nos homens, acrescento, pois é uma questão de falta de informação e conseqüente falta de conhecimento. Mas também de falta de vontade. Manoel Bonfim cita, a partir daí, uma enxurrada de riquezas que poderiam ser exploradas desde que solucionada adequadamente essa questão da água e do seu uso. Piscicultura ("pode-se multiplicar por dez a produção de peixes brasileira"), apicultura (cada colmeia, na região, produz de 80 a 100 quilos de mel por ano, enquanto na Europa conseguem-se modestos 20 a 30 quilos). Seguem-se a caprinocultura, caju e suas castanhas, de larga aceitação no exterior, umbu, cera da carnaúba, fibras vegetais como o caroá, sisal, algodão.

No prefácio, o "pai do Proálcool, professor J. W. Bautista Vidal, admira-se: "É como se Bonfim estivesse redescobrindo um novo Semi-Árido, mais verdadeiro que o anterior, fundamentado em peculiaridades pouco conhecidas, algumas únicas em todo o planeta". Nada indica, portanto, que a transposição das águas do São Francisco, sozinha, vá solucionar algum problema pois com ela ou sem ela, a verdadeira questão continuará em pé: a gestão. Ou melhor, a capacidade de buscar para todos os males as soluções mais simples, mais baratas, conseqüentemente mais adequadas e mais eficazes. Entra governo, sai governo, e fica a pergunta: poderá o Nordeste algum dia contar com essa simplicidade?


Almyr Gajardoni é jornalista
artigo publicado no Noblat.com.br

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Como você vê o todo



Cada pessoa vê uma parte do todo e identifica o todo com
essa parte
Quando leio os teologos de plantão tentando definir Deus e o mesmo
que ensinado os cegos- De consultoria o segredo do sucesso

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Histórias da Bíblia serão contadas via celular nas Filipinas

Uma versão digitalizada do Novo Testamento em mangá, o estilo japonês de fazer histórias em quadrinhos, será transmitida via celular nas Filipinas.

A Conferência Episcopal das Filipinas vai divulgar a Bíblia através de celulares, usando frases e breves desenhos animados com histórias do Novo Testamento em forma de mangá, muito popular entre os jovens do país.

O projeto foi realizado pela comissão episcopal para o apostolado bíblico, encarregada da divulgação do Livro Sagrado, visando uma difusão maior da mensagem cristã para o público mais jovem.

“É um jeito de estar perto das novas gerações e do seu modo de comunicar, transmitindo a mensagem do evangelho, de uma maneira divertida, mesmo para quem não pode ir à igreja”, comentou o secretário da comissão, padre Oscar Alunday.

Mensagem de texto

O clero filipino decidiu usar novos métodos de evangelização ao examinar as estatísticas sobre o conhecimento da Bíblia no país.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2006 pela Sociedade Bíblica nacional, 60% da população filipina não lê a Bíblia, apesar do catolicismo ser a religião principal. Dos 90 milhões de habitantes, 80% se dizem católicos.

Next, foto de cortesia

Jesus aparece em cenas de ação nos quadrinhos ingleses

A ativação do serviço será feita por meio de uma mensagem de texto gratuita, O custo é de 8 centavos de euro e cada mensagem contém um texto, além de uma animação para os celulares que podem receber vídeos.

Super-herói

Na Inglaterra, a história de Jesus Cristo apresentado como um super-herói em quadrinhos, está conquistando o público jovem.

Manga Bible, lançado no ano passado, vendeu 30 mil cópias e foi definido como “brilhante e inteligente” pelo arcebispo de Canterbury, Rowan William.

O autor dos quadrinhos é Ajinbayo Akinsiku, 42 anos, conhecido como Siku.

Nos desenhos, Siku usa cores fortes e cenas de ação, em que Jesus Cristo aparece como um super-herói solitário e estrangeiro. Tem cabelos compridos e veste uma túnica esvoaçante e às vezes aparece sombrio e até assustador.

“Jesus não é bonzinho neste mangá. No deserto ele chega a ser mais assustador que o diabo”, explica o cartunista.

O Vaticano não se manifestou oficialmente sobre estas versões do Novo Testamento. O responsável pelo setor que se ocupa das comunicações sociais da Santa Sé, admitiu que não tem conhecimento destas duas iniciativas, mas considerou que elas podem ter um efeito positivo na divulgação da fé cristã.

“Não vejo problemas em usar os meios de hoje para transmitir aos jovens conteúdos fundamentais, é positivo. Isso não quer dizer que tudo o que se faz seja ótimo porque há perigo de banalização da mensagem”, alertou o arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontificio Conselho para as Comunicações Sociais.

fonte:bbcbrasil.com

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Pastor convoca fiéis para maratona de sexo

Um pastor americano da Flórida chamou os seguidores casados para um desafio: fazer sexo todos os dias por um mês. Segundo a Sky News, o chamado seria uma variação da abstinência sexual por um mês.

De acordo com o site Ananova, Paul Wirth, líder da Igreja Relevante, de Ybor City, afirma que pretende diminuir a alta taxa de divórcios através da maratona. "Quando somos solteiros, estamos procuramos sempre por sexo, mas na vida de casado, por algum motivo, as relações diminuem com o tempo."

A Igreja se descreve como casual, contemporânea e cristã. Seus serviços são destinados a "profissionais urbanos e jovens famílias." O pastor Wirth usou recentemente o filme Shrek Terceiro para explicar "o que acontece quando confiamos em Deus".

Redação Terra

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Qual dor é maior ?

(Salmos 44:22;26) - Sim, por amor de ti, somos mortos todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. 
Desperta, por que dormes, Senhor? Acorda, não nos rejeites para sempre.
Por que escondes a tua face, e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão? 
Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso ventre se apega à terra. 
Levanta-te em nosso auxílio, e resgata-nos por amor das tuas misericórdias.

Coisa difícil de dizer, mas deve ser a sua dor, aquela que você esta sentindo

No meu caso, nem sei dizer, tenho dor de todo jeito

Dor de cabeça por causa de uma coisa chamada atm... Pense que me deixa fora

De si

Dor de joelho e osso tem os dois lascados devido a minha falta de disciplina

Um foi operado por um açougueiro e a outra esta com ligamento estourado

Coligas horríveis que causam um dor ruim, ocasionada por uma colite, mas essa até que esta melhor depois de comer muita goiaba

Dores de apêndice acharam que ia morrer de tanta dor, começou as 15h00minhs quando

Foi 22h00min estava entrando na faca

Dor de pedra nos rins está que a coisa fica preta, inda mais quando e de madrugada e tem sair para o hospital por que não da para agüentar e de remédio na veia

Dor de hérnia de disco pensei que já tinha sentido todo tipo de dor, mas esta e de lascar também
até respirar dói, e o pior que você se sente um invalido, ficar imóvel e deitado por 48 horas

Mas tem a dor da alma, aquela que você pensa que nem dói, mas vai te consumindo e podes crer, acho que e a mais terrível

A moda agora é transformar igrejas em apartamentos





O declínio na frequência de igrejas na Holanda nos últimos anos levou algumas a serem abandonadas. Muitas vezes são demolidas ou customizadas para outros usos. É o caso desta igreja em Utrecht que o gabinete de arquitetura Zecc resolveu converter num moderno apartamento.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Aparência e tudo para as mulheres

Cientistas americanos sugerem que a aparência e um corpo atraente são os maiores pré-requisitos para uma mulher na hora de escolher o parceiro.

 

Para verificar a teoria de que as mulheres dão mais importância à situação financeira e status social dos homens e que os homens estão de olho na aparência física das mulheres, pesquisadores da Universidade de Illinois testaram o comportamento de 160 estudantes universitários sobre “hábitos do namoro”.

Os 82 rapazes e 81 mulheres, com idade média de 19 anos, participaram de um encontro relâmpago e depois relataram suas experiências.

Antes de participar do evento, porém, eles preencheram um questionário sobre os atributos que almejavam encontrar no parceiro ideal.

Nesta fase, os pesquisadores constataram que a maioria dos homens disse estar em busca de uma mulher bonita e atraente fisicamente, enquanto elas ressaltaram a importância do status e do tamanho da renda.

Depois do encontro relâmpago, os estudantes continuaram preenchendo questionários e os especialistas constataram que, em muitos casos, houve uma mudança nos pré-requisitos de ambos os sexos para escolher o parceiro.

As mulheres, que num primeiro momento haviam insistido que estavam atrás de homens com status, acabaram se atraindo mais pelos mais bonitos. E os homens, que só pensavam em aparência física, acabaram admitindo que o status financeiro e social também influenciou suas escolhas.

Os psicólogos afirmam que como um todo, homens e mulheres são motivados pela aparência física.

“Em outras palavras, uma aparência atraente foi o primeiro estímulo para que ambos homens e mulheres se sentissem atraídos. Mas atributos como ambição e potencial para ganhar dinheiro também pesaram na hora da escolha", disse Eli Finkel, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.

Os especialistas acreditam que o estudo poderia ter tido outro resultado se fosse realizado com pessoas mais velhas, que em outra fase da vida poderiam se comportar de forma diferente na fase da conquista.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Journal of Personality and Social Psychology.

fonte.bbc.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Mito e metáfora

– A palavra “mito” significa “mentira” – começou ele. – Um mito é uma mentira.

– Não, um mito não é uma mentira. Uma mitologia completa é uma organização de imagens e narrativas simbólicas, metafóricas das possibilidades da experiência humana e da plena realização de uma dada cultura num dado momento.

– Uma mentira.

– Uma metáfora.

– Uma mentira.

Isso se estendeu por vinte minutos. Percebi que o entrevistador não sabia de fato o que era uma metáfora, e resolvi tratá-lo como ele estava me tratando.

– Não, estou dizendo que é uma metáfora. Me dê você um exemplo de metáfora.

– Vou tentar. Meu amigo John corre muito rápido. As pessoas dizem que ele corre como uma gazela. Isso é uma metáfora.

– Isso não é metáfora. A metáfora é: João é uma gazela.

– Isso é uma mentira.

– É uma metáfora.

E o programa acabou. O que esse incidente sugere a respeito da nossa compreensão popular a respeito da metáfora?

Fez-me refletir que metade das pessoas no mundo pensa que as metáforas das suas tradições religiosas, por exemplo, são fatos. E a outra metade sustenta que não são fatos de forma alguma. Como resultado temos pessoas que se consideram crentes porque aceitam metáforas como fatos, e outros que classificam-se como ateus porque crêem que as metáforas religiosas são mentiras.

Joseph Campbell, em Thou Art That- via baciadasalmas.com

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Medo de avião fez pastor confessar crime

Policiais civis de Brasília comentavam hoje que o presbítero evangélico Sandoval Silva dos Santos, 37, acusado de assassinar a companheira Zélia Pereira da Silva Carvalho, 46, em janeiro, somente resolveu revelar onde estava o corpo da vítima depois que o avião da Polícia Civil do DF entrou ontem em uma zona de turbulência e autor do crime ficou com medo de morrer. Sandoval foi preso ontem pela manhã em Santos (SP), com o veículo Monza da vítima. Ele confessou que a matou a pauladas, num matagal próximo à quadra 17 de Sobradinho, após discussão por causa de uma amante dele. Em seguida, enterrou o corpo numa cova rasa, cobrindo-o de folhas. Quando, já preso, retornava para Brasília, ficou assustado com os balanços do jatinho e, como os agentes, de brincadeira, fingiam estar apavorados com a iminente "queda" do avião, Sandoval começou a chorar e contou tudo, até onde estava o corpo, já localizado hoje e levado para perícia no Instituto Médico Legal.

fonte http://www.claudiohumberto.com.br/

Arábia Saudita proíbe venda de rosas para Dia dos Namorados

Rosas Vermelhas

Autoridades consideram a data incompatível com o islamismo

A polícia religiosa da Arábia Saudita proibiu a venda de presentes para o Dia dos Namorados, inclusive rosas vermelhas, em todas as lojas da capital do país, Riad, de acordo com informações do jornal saudita Saudi Gazette.

O Dia dos Namorados é comemorado no dia 14 de fevereiro na maior parte dos países. No Brasil, a data é celebrada em 12 de junho.

O diário afirma que policiais sauditas visitaram o comércio de Riad no sábado e alertaram os comerciantes para remover das prateleiras os artigos vermelhos como rosas e embrulhos, cuja venda é comum antes do Dia dos Namorados.

Segundo o jornal, as autoridades sauditas consideram a data, assim como outras celebrações que não fazem parte do calendário muçulmano, uma comemoração incompatível com o islamismo.

De acordo com o Saudi Gazette, muitos sauditas viajam para localidades próximas como Dubai ou Barein para celebrar a data.

Mercado negro

O jornal afirma que o sábado foi o último dia em que a venda das rosas vermelhas ainda era permitida antes do Dia dos Namorados.

Segundo a reportagem, todos os anos os policiais visitam o comércio dias antes da data para emitir os alertas sobre a proibição.

A reportagem do Saudi Gazette afirma ainda que a proibição gera um mercado negro de rosas vermelhas no país, e o preço das flores aumenta em até seis vezes no dia da comemoração.

Segundo o jornal, algumas pessoas fazem pedidos de flores semanas antes do Dia dos Namorados para escapar das proibições.

"Em alguns casos, entregamos as flores no meio da noite ou cedo pela manhã para evitar suspeitas", disse um florista ao jornal.

As autoridades sauditas impõem uma legislação islâmica rígida, que regula de forma severa a sociabilidade das mulheres e a convivência com os homens.

fonte bbc.com.br

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Temor e fé

A fé referida pela personagem de Dostoiéviski deve ter sido aquela que é expressa como temor pelo saber de um dia ter que prestar contas a Deus pelo que se faz e pelo que se deixa de fazer. Trata-se de uma crença correta, mas é uma definição incompleta do que seja a fé cristã.

Nós cristãos já experimentamos muitas definições do que seja fé. Em nossa história, de fé em fé, passamos por todo tipo de injustiça clerical e política, fomos de genocídios e escravidão a saques e confiscos, de pirataria e dominação a guerras e etnocídios. De fé em fé, graças ao progresso tecnológico e econômico, chegamos hoje a uma não menos cínica definição para fé. Hoje a fé pregada nas igrejas e motivo das mais fervorosas orações do fiéis é a fé do tudo possuir e do tudo consumir. Chegamos a esta maturidade da fé certos de que Deus não é alguém que se deva temer. Finalmente adquirimos a mais vil convicção de que a fé é o instrumento divino que temos para manipular Deus. Quando éramos crianças ingênuas, temíamos a Deus. Agora somos esclarecidos arrogantes, Deus nos serve.

Aqueles que hoje não têm fé, temem.

Quem tinha a fé citada por Dostoiéviski, temia a Deus. Quem tem a fé que desenvolvemos serve-se Dele e, por que não, do próximo. Outros, que não tem fé alguma, vêem o próximo e sabem que ele não tem a quem recorrer – não há Deus para socorrê-lo, – por isso eles o acolhem, se irmanam com ele. Aqueles que hoje não têm fé, como aqueles da antiga fé dos tempos de Dostoiévski, temem: temem morrer sem ter deixado uma história digna, temem partir sem nunca terem sido amados, temem ser esquecidos, temem que a única vida que tem por fim tenha sido vã. Temem o vazio do seu fim inevitável e temem deixar para trás outra coisa que não seja o vazio. Temem, como não há céu nem inferno, que nunca tenha existido virtude alguma. Sabem que na morte não terão nada, nem a própria lembrança do bem que fizeram, por isso temem deixar a existência sem ter feito bem algum.

Restam a Deus, em nossos dias, para fazer a sua vontade, os ateus. Deixem as pedras terem o privilégio de fazer o bem e evitar o mal sem qualquer interesse por recompensas futuras, já que os cristãos estão muito ocupados com a segurança de sua ortodoxia de privilégios, presentes e futuros.

Você, ainda hoje, tem a fé da personagem de Dostoiévski? Por minha fé, eu lhe asseguro que um dia você não terá mais o que temer. Você outro tem a ambição de tudo ter e a pretensão de nada sofrer, e escolheu dar a isto o nome de fé? Viva o tempo que lhe resta, desfrute enquanto pode. Antes do que você pensa você receberá a sua justa recompensa e não terá mais nada a perder. Biblicamente falando – falo da minha fé -, a todos caberá receber o que não esperam, isto para alguns é graça, para outros será justiça.

A todos caberá receber o que não esperam.

Quanto aos ateus, aqueles que não se contentam com nossas definições de fé, ou com as imagens que pintamos de Deus, deixem-nos em paz. Deixem-nos fazer o bem sem esperar nada em troca. Deus faz o mesmo.

L. Ivan Volcov

via Baciadasalmas

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Alexandre Frota vira evangélico e diz que cansou de aprontar

Pelo menos aparentemente, Alexandre Frota virou religioso. O ator de filme pornô, conhecido por seus barracos e pela farta vida amorosa, comentou que cansou disso tudo. Frota está freqüentando a Bola de Neve, em Perdizes, bairro de São Paulo. A igreja é conhecida por ter jovens surfistas como fiéis e pelos seus cultos informais. Monique Evans também freqüenta.

fonte;folhaonline.com.br