quarta-feira, 30 de abril de 2008

sábado, 26 de abril de 2008

As aparências enganam

Santo Agostinho dizia: “Deus tem filhos que a igreja não tem”.
Diante da atual conjuntura cristã mundial, e especificadamente brasileira, me atrevo a dizer: “a igreja tem filhos que Deus não tem”.
Adágios sempre nortearam as estruturas de pensamento popular, famosos provérbios perambulam eternamente nas rodas do “povão”, um deles se enquadra muito bem na atual situação da igreja evangélica brasileira: contra fatos não há argumentos.
Escândalos de conduta ética, notícias que denunciam pastores evangélicos donos de rádios piratas, furos de noticiários com gravações de bispos ensinando como tomar a benção do povo (ou dá ou desce!) e assim sucessivamente.
Slogans de igrejas que prometem serem igrejas: do poder de Deus, da unção poderosa, do fogo puro, de milagres e maravilhas, do apóstolo que cura, do pastor que revela, do copo de água santa, da rosa ungida, do lenço com suor, do emagrecimento eficaz, da oração poderosa, das cinco coisas que você deve fazer para....., dos sete dias, das doze semanas, do ano sagrado, e assim por diante.
Tudo comprova que como cristãos somos pessoas cheias de expectativas, principalmente quanto ao céu. Não temos certeza de como é o céu, e muito menos de quando será, essa dúvida gera em nós ansiedade e prazer em servir a Cristo, não só pelo fato de querermos o céu, mas pelo fato de termos a vida eterna.
Toda essa expectativa espiritual, que em nós produz esperança, leva alguns a se iludirem com líderes insanos, descontrolados e alvissareiros que criam comunidades nos moldes do que se entende por espiritualidade, comunidades onde o que se busca são “coisas extraordinárias”, experiências sobrenaturais (sendo que Cristo nos ensinou a buscar a instalação do reino e sua justiça) - o que eles não sabem é que espiritualidade não é algo teórico e muito menos empírico, mas algo extremamente divino e humano. A tentativa de manipular o poder, a honra, a glória e a justiça de Deus resultam na construção de minicéus, verdadeiros circos nos quais se revela a “desvontade” do altíssimo mediante picadeiros diversificados.
O que muitos esquecem é que Jesus advertiu a todos que manifestações espirituais jamais poderão comprovar a espiritualidade de ninguém, o Mestre disse que naquele dia muitos dirão: “Senhor, expulsamos demônios em teu nome e curamos enfermos, e Eu vos direi, não os conheço, apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno.”
Com certeza a primeira surpresa que teremos antes de adentrar à Nova Jerusalém, será a seleção daqueles que habitarão o largo de fogo eterno. Nem todos aqueles que têm carteirinha de membro de determinada igreja, nem todos os que foram batizados nas águas e no Espírito, que falam em línguas (bem) estranhas, que têm sonhos e visões, comporão o livro da vida.
O que se conclui é que fazer parte da igreja (instituição) não confere a ninguém o “direito” de adentrar os átrios celestiais; existem muitas, por que não, incontáveis, pessoas que não fazem parte da cristandade atual, porém crêem em Cristo e têm uma vida tão igual à dele que por vezes são confundidos com o próprio. Estar na igreja é muito mais perigoso do que fora dela, estar na igreja pode nos anestesiar fazendo-nos acreditar que estamos salvos pelo fato de lá estarmos, enquanto que estar fora dela, ou seja, no mundo (espírito) é totalmente diferente, todos os que compõem o sistema de coisas atual já sabem seu destino se porventura não se renderam ao Cristo morto e ressurreto.
O que nos confere a certeza de que teremos nossos nomes na seleta lista dos salvos, é a fé naquele que nos gerou em Deus, entretanto, as obras são as mais genuínas provas de qual povo fazemos parte, igreja ou mundo, filhos da luz ou das trevas. Cabe aos verdadeiros seguidores de Jesus construir comunidades onde a vida seja vivida intensamente, onde as pessoas se amem sem medidas, onde o próximo sempre seja preferido em honra, onde a desigualdade social e a injustiça sejam punidas e exterminadas, onde o pecado seja massacrado e as feridas tratadas com paixão, comunidades de amigos, de irmãos, onde todos contribuem para a instalação do reino na terra a partir do amor que produz solidariedade, amizade, reflexão e uma genuína espiritualidade. Assim dizia o Cristo: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Eu os direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!”
(Mateus 7:15-22. NVI)
Pensando bem Calvino tinha razão: “Existe outra igreja dentro da própria igreja”.

fonte; http://celebraii.blogspot.com/

Postado por Evangelista Wil

Pastores evangélicos acusam crianças de bruxaria



Quanto vejo coisas como estas me lembro de quando Jesus disse “Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”
No Brasil ainda não vi colocarem prego em cabeça de criança, mas vejo todo tempo pastores e lideres que se dizem cristão encherem de abobrinhas as cabeças de gente que vai a procura de um deus que realize seus desejos e pedidos, resultado; fé rasa e decepções

domingo, 20 de abril de 2008

Procon nos videntes



Um grupo de médiuns e videntes da Grã-Bretanha vai realizar um protesto contra uma nova lei de proteção do consumidor que deve facilitar os processos em casos de clientes insatisfeitos com seus serviços.

Segundo Naomi Grimley, correspondente da BBC, como alguns destes videntes cobram pelas consultas, a nova lei passará a classificá-los como "comerciantes".

As novas regras da União Européia têm o objetivo de proteger todos que forem enganados por comerciantes, não importando qual a mercadoria que está sendo vendida. As mudanças serão colocadas em prática a partir de maio.

Alguns médiuns já começaram a divulgar, em suas propagandas, alertas em que se eximem de responsabilidades, como por exemplo: "isso é apenas uma experiência, os resultados podem não ser garantidos".

O grupo também vai entregar uma petição com 5 mil nomes ao gabinete do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

Processos

Carole McEntee Taylor, uma das fundadoras da Associação dos Trabalhadores Espirituais da Grã-Bretanha, teme que clientes insatisfeitos possam entrar com processos, caso os resultados não sejam os esperados.

Para Taylor, o que videntes e médiuns praticam é espiritualismo, uma religião, e, assim como todas as outras religiões, suas práticas não deveriam exigir provas.

"Ao colocar nossa religião sob a lei de proteção do consumidor, estamos sendo discriminados, pois estão nos dizendo no que podemos acreditar", afirmou.

"Nenhuma outra religião é forçada a provar suas crenças, e as pessoas também não são obrigadas a ir a um médium, assim como não são obrigadas a ir a uma igreja", acrescentou.

Para Taylor, a nova lei não protegerá o público porque existem outras formas de atingir esse objetivo.

"É preciso educar o público a respeito de espiritualismo, a filosofia", afirma. "Se eles forem educados sobre esta filosofia, não serão enganados por pessoas que fazem alegações ridículas, pessoas que falam 'se você me der tanto em dinheiro, poderei consertar'."

O Office of Fair Trading, órgão do governo britânico de proteção ao consumidor, afirma que não está interessado em entrar com processos contra a grande maioria dos médiuns.

A entidade informou que pretende ir atrás apenas dos mais óbvios "comerciantes desonestos".

Tomara que a coisa pegue e venha para o Brasil

terça-feira, 15 de abril de 2008

Quando eu vi Jesus eu vi a luz



A nossa igreja recebeu o Pr Ronaldo Lidório (na foto no meio de óculos eu e Anne Mary)
Foi um momento especial, poucas pessoas têm tanto testemunho e serviços prestados ao Reino quanto o Ronaldo, sua passagem pela África foi marcada por grandes transformações na vida de um povo, abaixo o Ronaldo escreve um pouco sobre isso

Queridos,

A conversão de Makanda, filho de Mebá, do clã Sanbol dos Konkomba de Gana é um daqueles fatos que marcam nossas vidas.

Revisando o livro Konkombas para uma reedição em breve, tive o privilégio de consultar alguns dos primeiros convertidos entre os Konkomba-Bimonkeln a fim de preparar um capítulo dedicado especificamente a testemunhos pessoais. Fiquei admirado e alegre ao receber relatos tão intensos de pessoas como Mebá, Labuer, Kidiik e Makanda. É a história contada pela ótica de quem a experimentou.

Makanda é um rapaz brilhante e sincero. Após sua conversão foi rapidamente apontado como presbítero pela igreja ainda germinante e pouco a pouco passou a cooperar com o trabalho de saúde que Rossana iniciava. Hoje é um dos mais respeitados líderes Konkombas da região e está a frente da clínica em Koni. A época de sua conversão é setembro de 1995, que ele aqui aponta como "a época do inhame puná, um ano após a grande chuva". A "luz" a que ele se refere no seu testemunho são os primeiros raios da manhã que, na cultura Konkomba, significa esperança, ou seja, um novo dia em que algo bom pode acontecer.

Vale a pena ler seu relato que transmite alegria e aquece a alma.

Ronaldo e Rossana


“Antes de sermos cristãos nós adorávamos um fetiche chamado babasu que se localiza na aldeia de Sibru. Meu pai era feiticeiro grumadii mas eu estava a procura de algo novo.


Nós críamos que ele poderia curar ou ajudar aqueles que se devotavam a ele. Apesar de grumadii ser o fetiche invocado em Koni, em minha mente babasu era merecedor de devoção pois havia ouvido inúmeras histórias sobre seu poder.

Certo dia viajei até Sibru para trabalhar nos campos de inhame do feiticeiro local, e ali permaneci até o dia do sacrifício. Há vários tipos de sacrifícios, mas naquela manhã ele sacrificaria galinhas. Elas eram mortas com uma pancada na cabeça e todos observavam atentamente a forma como cairiam no chão, finalmente imóveis. Se elas caíssem com as pernas para cima significa que o espírito havia rejeitado o sacrifício. Com as pernas para baixo havia sido aceito.

Neste dia o sacrifício foi aceito e o sangue foi derramado, cuidadosa e lentamente, sobre um altar de pedra, uma espécie de mesa de pedra negra. A cor escura, eu cria, era devido ao sangue que ali era derramado constantemente. Após a cerimônia o feiticeiro local deu-me uma castanha como sinal de que o sacrifício havia sido aceito, e conseqüentemente o espírito levaria em consideração meu pedido, que era de proteção da morte e prosperidade.

Quando retornei a Koni continuei a servir babasu participando de sacrifícios e cerimônias e fiz o nome de babasu bem conhecido em nossa aldeia. De certa forma eu seguia os passos de meu pai, que trouxe a adoração a grumadii para aquela região. Também comecei a beber bastante. Lembro-me, inclusive, que estava um pouco bêbado quando o homem branco chegou pela primeira vez em nossa aldeia. Crianças corriam e choravam e todos estávamos curiosos para ver a ‘banana descascada’, como o chamávamos.

Nos meses que se passaram, porém, o homem branco não nos deixou. Víamos que ele sofria por não saber nossa língua e parecia sempre muito cansado. Ele, entretanto, aprendeu nossa língua em alguns meses e certo dia, sentados embaixo de uma castanheira, ele começou a nos falar sobre Uwumbor, um deus antigo e criador, mas que críamos estivesse perdido. Lembro-me de meus questionamentos: se Uwumbor é Deus mais poderoso que os espíritos, porquê não se manifesta como fazem os espíritos ? Por outro lado eu pensava: se Uwumbor for Deus, criador e mais poderoso, talvez seja quem nós procuramos. Era sabido por cada um de nós que grumadii e babasu, entre outros espíritos, não nos amavam. Algo, porém, nos fazia vacilar: como um estrangeiro nos ensinaria sobre o nosso próprio Deus ? Não parecia ser algo para nós.

Os feiticeiros começaram a acusá-lo de ser mentiroso e enganador. Também de perigoso ao utilizar de forma errada nossas histórias antigas. Curiosamente o vice-chefe da aldeia, do clã Binaliib, guardadores de fetiches, protegia o homem branco. O vice-chefe era homem conhecido por sua paciência e sabedoria, enquanto o chefe e seus filhos eram afoitos e guerreiros. A simpatia do vice-chefe nos fez pensar que talvez houvesse alguma verdade em suas palavras.

Certo dia o homem branco viajou e disse que voltaria. Pensávamos que ele não regressaria pois nossa região era muito distante, cortada por muitos riachos e planícies até chegar à terra dos Dabomgas, de onde ele poderia ir para algum outro lugar. Mas ele regressou e trouxe sua esposa, que sorria muito. Pareciam estar gostando do lugar e de nosso povo. Porquê estariam ali ? Pensávamos assim: será que foram expulsos de seu povo e precisam de um lugar para ficar ? Alguns sentiam pena deles, especialmente quando chegava a noite e víamos que não conseguiam dormir muito bem. Sempre diziam que estava quente, mesmo no inverno! Dormiam no pátio da casa do vice-chefe. Lá havia muita gente e não tinha muito espaço mas ninguém mais os queria receber. O vice-chefe, porém, parecia gostar deles. Quando eles falavam nossa língua todos queriam correr para escutá-los. Falavam engraçado e nós ríamos muito.

Um dia eles compraram um cabrito e prepararam alimento para várias pessoas. Convidaram os feiticeiros para o banquete. Todos na aldeia estavam curiosos para saber o que aconteceria. Treze feiticeiros compareceram, inclusive meu pai. A comida parecia boa e todos gostavam da forma como os brancos os alimentavam e lhes serviam água nas cabaças, se aproximando dos anciãos de cócoras e com respeito. Mas ao fim eles pediram permissão para lhes falar que tinham em mãos algo que lhes explicavam exatamente quem era Deus. Um livro que era a história de Deus. Todos ficaram muito encantados e prestamos atenção como este livro nos ensinava como as coisas haviam sido criadas. Algumas coisas eram parecidas com nossas histórias, outras meio diferentes, mas com muitos detalhes.

Ao fim, porém, houve um grande tumulto quando eles falaram que este Deus (Uwumbor), que criou a todos, não estava distante. Estava ali conosco, em Koni, nos observando, e triste porque adorávamos aos espíritos como se fossem Deus. Vários feiticeiros gritaram desafiando-os se Uwumbor era maior que seus espíritos. Alguns foram embora e outros permaneceram ouvindo. Gostávamos dos brancos, mas o que falavam era difícil de ouvir. No fundo acho que todos sabíamos que os espíritos que adorávamos eram maus e maliciosos. Na verdade sabíamos. Talvez nossa reação fosse por temor. E alguns pensaram assim: como estes brancos nos falam sobre nossos espíritos? Temíamos que nossos espíritos estivessem nos observando e que seríamos punidos se não os defendêssemos. Assim alguns gritaram com raiva dos brancos, mas de fato não estavam com raiva. Era apenas para que os espíritos não os punissem. Uwumbor, por outro lado, segundo os brancos, não precisava de defesa. Era algo curioso que me deixou muito pensativo. Fui para a roça sozinho no dia seguinte.

Certo dia alguma coisa em minha mente passou a me dizer que suas palavras eram verdadeiras, e isto me levou a desejar ouvi-lo ainda mais. Alguns falavam em matá-los, especialmente através de algum veneno conhecido. Seria fácil matá-lo pois eles comiam nossa comida e tomavam da nossa água. Moravam, porém, com a família do vice-chefe, que era conhecido como um homem bom e possivelmente não apoiaria o envenenamento. Mas acho que ninguém jamais conversou com o vice-chfe sobre isto. Mas eu não conseguia parar de pensar no que ele falava e fiquei pensando que, se Uwumbor realmente nos criou talvez não esteja tão longe.

Certo dia eu o ouvi pregar no meio da aldeia, enquanto as pessoas passavam, sobre o poder de Deus, o tema favorito do homem branco nos primeiros meses. Já que ele estava vivo mesmo falando tão mal dos espíritos talvez os espíritos não fossem tão fortes assim como pensávamos. Mas naquele dia ele nos falou sobre a salvação em Jesus Cristo e nos explicou a cruz. Foi diferente imaginar este Jesus, filho de Deus, e Deus feito gente, naquela cruz. Porque não fugiu ? Eu ficava pensando. Era a época do inhame puná, um ano após a grande chuva.

Não posso explicar muito bem o que aconteceu nem o momento exato que passei a crer em Deus mas em um certo momento eu vi a luz de Jesus perto de mim, e um sentimento de liberdade tomou conta de mim. Daquele dia em diante eu passei a contar minha experiência com Cristo com uma música.

‘Antes eu não sabia onde estava Jesus,

e eu procurava por caminhos de salvação.

Quando eu vi Jesus eu vi a luz’.

Muitas coisas aconteceram comigo depois, mas algo que ficou marcado era que, de alguma forma, Jesus parecia ser parte do nosso povo. Algo escondido que sempre procurávamos. Quando fui a procura de babasu, no fundo quem eu procurava era Jesus. Quando outros vão atrás de babasu, na verdade procuram é a Jesus.

Daquele dia em diante quando alguém me perguntava sobre Jesus eu alegremente respondia: quando eu vi Jesus, vi a luz.”

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Revolta no Inferno

Todo fim de ano o Diabo recebe um pequeno grupo para jantar no que chama de sua anticobertura, um duplex no último subsolo do Inferno, escolhendo entre as almas condenadas as mais interessantes e de melhor papo.

Os pratos são sempre grelhados e o vinho é de produção local, marca Diabo, mas o principal é que todos se divertem, falando mal de Deus e todo  mundo. Mas, ultimamente, a questão de quem merece e quem não merece estar no Inferno vem sendo muito discutida nos jantares, e as queixas dos que se acham injustiçados por estarem lá se multiplicam.

O Diabo tenta cortar os lamurientos da sua lista de convidados, mas não pode prescindir da presença de Oscar Wilde, um dos seus comensais favoritos, apesar das suas constantes críticas à comida, à companhia e à ausência de ar condicionado, e que foi quem primeiro expressou sua revolta. E o Diabo já sabe que em breve estará enfrentando uma verdadeira rebelião de almas pedindo revisão de sentença e perdão retroativo. E que seus jantares nunca mais serão os mesmos.

Tudo começou quando Wilde, fazendo uma cara feia depois de provar o vinho, comentou como estavam se tornando comuns, na Terra, o casamento entre homossexuais.

— Eu fui preso, execrado e excomungado por ser homossexual — disse Wilde. — Se fosse hoje, em vez de condenado e exilado, eu poderia ser, sei lá, um conselheiro matrimonial. Não faz muito, a mesma igreja anglicana  que me mandou para cá ordenou um bispo gay. O que é que eu estou fazendo aqui?

O Diabo tentou mudar de assunto, mas Wilde continuou:

— Me transfira para o céu, D.  Nada pessoal contra você, mas aposto que o vinho lá é melhor. Sem falar no clima.   

Não adiantou o Diabo argumentar que nem ele nem Deus são senhores dos tempos que mudam, ou da justiça divina, que não tem corregedoria ou apelação. Wilde só prometeu epigramas cada vez mais pesados, mas o Diabo se prepara para a gritaria dos indignados do Inferno.       

Como os que foram mandados para o Inferno por usura, no tempo em que era pecado. E — como gosta de lembrar o Diabo, com um sorriso malicioso — a Igreja ainda não inventara o Purgatório justamente para acomodar os usurários, pois sem eles não haveria empréstimo a juros, bancos e sistemas financeiros.

Hoje a usura não só é o que faz o capitalismo rodar como é o capitalismo financeiro que manda no mundo. E, principalmente, não é mais pecado, pois os juros não são mais uma abominação aos olhos do Senhor, e até a Igreja tem bancos. E os condenados por usura no Inferno perguntam se não têm direito à mesma respeitabilidade conquistada pelos banqueiros, que hoje enriquecem em vida sem o risco de as suas almas penarem na morte, e à absolvição.

Ou pelo menos a um up grade para o Purgatório.

Enviado por Luiz Fernando Verissimo para o Noblat http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

domingo, 6 de abril de 2008

52 garotas são retiradas de rancho de seita religiosa


Autoridades do Estado americano do Texas retiraram 52 meninas do rancho de uma seita poligâmica na tarde desta sexta-feira após uma adolescente de 16 anos que vivia no local ter feito uma queixa de abuso físico.
O Serviço de Proteção à Criança do Texas procura casas de abrigo e cuidados para as meninas, com idades de 6 meses a 17 anos. Dezoito delas estão sob custódia do Estado.

O proprietário do rancho na cidade de San Antonio é o líder da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Último Dia (FLDS, sigla em inglês), Warren Jeffs, que foi preso em novembro por 10 anos por cumplicidade em um estupro.

Jeffs foi condenado após ter forçado uma adolescente de 14 anos a se casar com seu primo.

Isoladas do mundo

O líder religioso, que se proclama profeta, aguarda outros julgamentos no Arizona, em que é acusado de ser cúmplice em quatro casos de incesto e conduta sexual com uma menor de idade fruto de dois casamentos arranjados.

O Serviço de Proteção à Criança do Texas afirmou que após entrevistar as 52 meninas decidiu que nenhuma vai retornar ao rancho.

"Estamos lidando com crianças que não estão acostumadas ao mundo exterior, por isso estamos tentando ser bastante sensíveis em relação a suas necessidades", afirmou Marleigh Meisner.

Poligamia

De acordo com o jornal San Antonio Times, um mandado de busca procura registros relacionados ao nascimento de crianças de uma adolescente de 16 anos e outros sobre seu casamento com um homem de 50 anos. Autoridades afirmaram que a garota ainda não foi encontrada.

Nenhuma prisão foi realizada e autoridades disseram que pessoas do rancho estão "ajudando nas buscas".

Acredita-se que cerca de 150 pessoas vivam no local.

A seita, que tem cerca de 10 mil seguidores e domina as cidades de Colorado City, no Arizona, e Hildale, em Utah, é uma dissidência da igreja Mormon.

Os integrantes da seita acreditam que o homem precisa casar com pelo menos três mulheres para subir ao céu. As mulheres, por sua vez, são ensinadas que seu caminho para o céu é a subserviência ao marido.

A poligamia é ilegal nos Estados Unidos, mas as autoridades relutam em enfrentar a FLDS por medo de provocar uma tragédia similar à que aconteceu em 1993 na sede da seita Branch Davidian, em Waco, no Texas, quando 80 fiéis morreram em choques com a polícia.
fonte; http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080405_abusotexas_aw.shtml

sábado, 5 de abril de 2008

Ignorância mata


Essa menina bonita se chama Madeline Neumann. A última vez que viu um médico foi aos três anos, pois seus pais acreditam no Poder da Oração, não em meros remédios.

Por isso quando Madeline começou a se sentir mal, eles fizeram o que era sensato: Rezaram por ela. Juntaram amigos em casa, de seu Grupo de Oração, e por um mês depositaram toda sua fé pedindo ao Senhor que curasse Madeline, uma alegre menina de 11 anos.

Nas palavras dos próprios pais. “aparentemente não tínhamos fé o suficiente”, e sendo assim, Madeline morreu. Mas não se preocupe, a mãe dela acha que se rezar com bastante fé, Madeline pode ser ressucitada.

Os seculares e ateus médicos que fizeram a necrópsia descobriram que Madeline morreu de cetoacidose diabética, uma complicação da Diabetes Mielitus, uma condição que pode ser curada com fé, oração, intervenção divina ou insulina.

Como Madeline descobriu da pior maneira, o único com garantia de funcionar é a insulina.
Infelizmente Darwin pode ser bem cruel com criancinhas.
O pior é que os pais que ASSASSINARAM a pobre Madeline continuam com a guarda dos outros três filhos do casal.

fonte: Fox News [via Pavablog ]

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Arte no papel




É incrível a quantidade de coisa boa que a gente não aproveita por simplesmente só poder ser um e estar apenas e um lugar. Ainda bem que existe a internet, pelo menos dá pra ter um gostinho das coisas. Um tempo atrás houve um concurso de arte na Hirshhorn Modern Art Gallery em Washington, DC. O tema era qualquer coisa que utilizasse apenas uma única folha de papel. Os resultados são incríveis.
filado do corre negada