sábado, 25 de outubro de 2008
Semana Haggai
Esta semana estarei em Campinas fazendo o Workshop de docentes do instituto Haggai do Brasil
Na semana falo mais, estou cansado e com sono, sai de Fortaleza as 04:00h
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
É uma pista falsa
É uma pista falsa, naturalmente, que Deus esteja ausente no momento da transgressão. A trama coloca Deus longe, para que saibamos que em termos dramáticos está perto – quer dizer, é do seu personagem que está sendo falado. Deus tem esse álibi formidável, não estava presente no momento em que tudo foi colocado a perder, mas num sentido muito profundo a função da narrativa é colocar de forma formidável esse álibi em dúvida.
Pela mesma razão, quando acusações forem trocadas daqui a alguns parágrafos, nenhum personagem estará geometricamente mais longe da culpa do que Deus. Para chegar-se da transgressão até Deus será preciso passar da sedução à serpente, da serpente a Eva, de Eva a Adão (aqui a culpa já começa a se dissipar) e, no estágio mais distante, de Adão até Deus.
Deus posta-se perplexo na extremidade mais isenta do drama, mas esta sua posição no palco é, literariamente falando, outra pista falsa.
Essa revelação explica em parte o enigma da serpente; fica claro que sua função mais genuína na trama é colocar uma distância maior, um estágio adicional, entre a transgressão e Deus. Esta sua função despistadora é compartilhada por Eva e, num certo sentido, por Adão.
Porque é evidente que ninguém está mais presente neste momento do que Deus. A própria narrativa não consegue gastar uma linha sem denunciá-lo. Não apenas a serpente “era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus havia feito”, como tudo o que a serpente tem a dizer, desde o primeiro momento, diz respeito à presença do Criador e aos possíveis furos no álibi divino. “Foi assim que Deus disse?”
E não é de estranhar que seja assim, porque esta é a história dele.
Paulo Bravo
www.baciadasalmas.com
Pela mesma razão, quando acusações forem trocadas daqui a alguns parágrafos, nenhum personagem estará geometricamente mais longe da culpa do que Deus. Para chegar-se da transgressão até Deus será preciso passar da sedução à serpente, da serpente a Eva, de Eva a Adão (aqui a culpa já começa a se dissipar) e, no estágio mais distante, de Adão até Deus.
Deus posta-se perplexo na extremidade mais isenta do drama, mas esta sua posição no palco é, literariamente falando, outra pista falsa.
Essa revelação explica em parte o enigma da serpente; fica claro que sua função mais genuína na trama é colocar uma distância maior, um estágio adicional, entre a transgressão e Deus. Esta sua função despistadora é compartilhada por Eva e, num certo sentido, por Adão.
Porque é evidente que ninguém está mais presente neste momento do que Deus. A própria narrativa não consegue gastar uma linha sem denunciá-lo. Não apenas a serpente “era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus havia feito”, como tudo o que a serpente tem a dizer, desde o primeiro momento, diz respeito à presença do Criador e aos possíveis furos no álibi divino. “Foi assim que Deus disse?”
E não é de estranhar que seja assim, porque esta é a história dele.
Paulo Bravo
www.baciadasalmas.com
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Cidade dos mortos
Vivem dentro dos túmulos como se fossem casas. Cavaram a terra um pouco mais fundo para ganharem espaço, ergueram paredes para construir quartos e abriram janelas para terem luz e ar. O cemitério do Cairo continua a ser o sítio onde se enterram os mortos mas é lá que vivem também mais de 800 mil pessoas. Os mais pobres dos pobres. Famílias inteiras que não têm outro lugar onde morar.
Quando é preciso enterrar um morto nos túmulos habitados, as famílias entendem-se entre si e as que lá vivem saem cerimoniosamente para dar lugar às formalidades do funeral. Ficam de parte e esperam que todo o ritual se cumpra.
Depois de chorado, rezado e enterrado, o morto fica no túmulo da família original mas
passa a pertencer também à nova família, que mais tarde há-de voltar a casa num silêncio sepulcral e deferente.
Ao fim de pouco tempo de convívio com o morto ele deixa de ser um estranho e a família retoma a sua vida e as suas rotinas sem mais embaraços. Não se preocupam em purificar o ar e, muito menos, em sacudir o pó da terra remexida. Estão habituados à proximidade entre vivos e mortos e partilham aquela espécie de mudez tumular. Falam pouco, os que habitam os túmulos. Em especial dentro de casa, nos dias de enterro. No resto são como os outros: riem e choram, gritam e pasmam, zangam-se e abraçam-se, apaixonam-se, casam-se e separam-se. Enfim vivem e morrem.
Têm medos, claro, mas também aprenderam a vencê-los e o pior pavor é não ter o que comer nem nada para dar aos filhos. O governo foi obrigado a olhar para esta realidade e passou a dar-lhes pão, água e luz. Primeiro mandou electrificar o cemitério para que os túmulos não ficassem às escuras. Depois, vendo que a população aumentava da noite para o dia, levou-lhes água até uma fonte e começou a pagar quase todo o pão. Com o passar dos anos construiu uma escola e mais um hospital e agora o cemitério é uma verdadeira cidade. A lendária Cidade dos Mortos, com alamedas de terra escura onde crescem tamareiras altas e brincam crianças descalças, onde se cruzam homens e mulheres muito cansados e onde os rapazes e as raparigas apaixonados andam de mãos dadas.
filado do http://laurindaalves.blogs.sapo.pt/37164.html
O Pedro do Borel vai morar lá, Vamos Orar e que Deus abençoe
terça-feira, 21 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Procura-se
Justiça dos EUA arquiva processo contra Deus por não saber endereço de réu
Como não foi possível notificar o Criador, juiz decidiu encerrar processo.
Senador alega que Deus é onisciente e deve ser julgado por 'crimes'.
A Justiça de Nebraska, nos Estados Unidos, decidiu arquivar nesta quarta-feira o processo que um senador movia contra Deus. O juiz Marlon Polk, da corte distrital do condado de Douglas, disse que como o senador Ernie Chambers não informou no processo o endereço do réu, a Justiça não teria como notificar Deus.
No processo, Chambers acusa Deus de gerar medo e de ser responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.
Chambers comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores. Conforme o senador, ele abriu o processo em Douglas porque Deus está em todos as partes.
"Como a corte não tem condições de notificar Deus, é preciso arquivar o processo", afirmou o juiz Marlon Polk em sua decisão.
Apesar de significar inicialmente uma "derrota", o senador encarou positivamente a decisão. "A corte reconheceu, desta forma, a existência de Deus", afirmou. "Desta forma, uma das conseqüências de reconhecer Deus é admitir sua onisciência. E, se Deus sabe tudo, Deus foi automaticamente notificado deste processo", completou.
Chambers tem agora 30 dias para decidir se vai ou não recorrer do arquivamento
Do G1, com informações da Associated Press
fonte;globo.com
Como não foi possível notificar o Criador, juiz decidiu encerrar processo.
Senador alega que Deus é onisciente e deve ser julgado por 'crimes'.
A Justiça de Nebraska, nos Estados Unidos, decidiu arquivar nesta quarta-feira o processo que um senador movia contra Deus. O juiz Marlon Polk, da corte distrital do condado de Douglas, disse que como o senador Ernie Chambers não informou no processo o endereço do réu, a Justiça não teria como notificar Deus.
No processo, Chambers acusa Deus de gerar medo e de ser responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.
Chambers comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores. Conforme o senador, ele abriu o processo em Douglas porque Deus está em todos as partes.
"Como a corte não tem condições de notificar Deus, é preciso arquivar o processo", afirmou o juiz Marlon Polk em sua decisão.
Apesar de significar inicialmente uma "derrota", o senador encarou positivamente a decisão. "A corte reconheceu, desta forma, a existência de Deus", afirmou. "Desta forma, uma das conseqüências de reconhecer Deus é admitir sua onisciência. E, se Deus sabe tudo, Deus foi automaticamente notificado deste processo", completou.
Chambers tem agora 30 dias para decidir se vai ou não recorrer do arquivamento
Do G1, com informações da Associated Press
fonte;globo.com
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Feiúra americana
Eu quis vender. Você foi contra."
"Eu também quis vender."
"Você queria US$ 4 milhões. O corretor disse que valia US$ 3 e meio. Pagamos menos de US$ 300 mil. O mercado estava louco. A gente deveria ter vendido até por três e hoje estaríamos vivendo de renda."
As paredes da casa velha são grossas, mas você ouve a briga do casal vizinho no quintal e, depois, no quarto.
Milhões de casais americanos, como meus vizinhos, esta noite brigam por causa de dinheiro, dívidas, extravagâncias, a compra ou a venda da casa. Quem não tem culpa no cartório?
A primeira vez que fui a Londres, em 69, fiquei impressionado com a vida espartana dos ingleses. Meu colega da BBC, de quase 30 anos, dividia um apartamento de dois quartos e um banheiro com outros três jornalistas.
Aos 25 anos, meu padrão de jornalista do terceiro mundo - ainda não nos chamavam de emergentes - era mais alto em Nova York. Meu salário baixo me dava acesso a crédito. Tinha crédito e devia os tubos. Dinheiro de plástico era muito mais caro na Inglaterra.
A recessão dos 70 e a falência de Nova York renderam amarguras e oportunidades. Se não devesse tanto poderia ter comprado um apartamento de dois quartos, de luxo, ao lado da casa do prefeito por preço de terceiro mundo. Isto foi em 75. Em 90, fui entrevistar uma cantora que tinha comprado o apartamento. Valia 15 vezes mais.
Aprendemos a lição? Não. Nos 80, os masters of the universe promoviam a ganância, vendiam lixo - junk bonds - e gastavam US$ 5 milhões numa festa. Nos 90 entramos na bolha da internet. Pufffff. Na virada do século entramos na bolha imobiliária. Puffff.
A riqueza americana hoje tem muito mais papel do que produção.
Nos garantem que esta crise é pior do que a recessão dos 70 e que a queda da bolsa de 87 foi fichinha comparada com a atual. Tomara que seja verdade. Tomara que não seja. Minha atitude muda de hora em hora.
Por que os americanos não aprendem a viver como o resto do mundo? Por que uma casa comprada há 20 anos por menos de US$ 300 mil vale - ou valia - há poucos meses US$ 3 milhões e meio?
Estamos grudados na televisão para os debates políticos. Devemos trilhões. O senador McCain nos promete que vai pagar as hipotecas podres. O senador Obama promete que vai reduzir impostos para 95% dos contribuintes e dar seguro de saúde para 46 milhões de americanos.
E os Estados Unidos vão ser como antes? Não, melhor. A bolsa caiu seis dias seguidos.
No pânico financeiro de 1907, JP Morgan jogou os milhões dele na praça e acalmou o país. Agora é a vez do homem mais rico do mundo, Warren Buffet, tentar salvar o capitalismo. Injeta bilhões no mercado em baixa. E o mercado despenca.
O secretário do Tesouro esparrama dinheiro. US$ 85 bilhões para a AIG, uma das maiores seguradoras do mundo. Os executivos da empresa e seus vendedores pegam a grana, se reúnem num spa e gastam US$ 400 mil num fim-de-semana.
Deputados mostram as contas das massagens e manicures. Os americanos espumam de raiva. A história não foi bem assim, mas não há explicação perdoável. Todos nos sentimos lesados e revoltados. Forca é pouco para os CEOs e presidentes dos bancos de investimentos. Queremos esganá-los.
Nos canais econômicos, 24 horas de prejuízos por dia, o debate é sobre estatização de bancos. Modelo sueco dos 90 ou inglês?
Pela primeira vez em não sei quantos anos - de 10 a 25 - nos informam os analistas econômicos, os americanos pararam de consumir.
Uma tragédia para a economia, dizem uns. É a salvação, dizem outros.
São quase duas da manhã e o casal do lado está em ação na cama: "Eu quis vender!".
Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil
"Eu também quis vender."
"Você queria US$ 4 milhões. O corretor disse que valia US$ 3 e meio. Pagamos menos de US$ 300 mil. O mercado estava louco. A gente deveria ter vendido até por três e hoje estaríamos vivendo de renda."
As paredes da casa velha são grossas, mas você ouve a briga do casal vizinho no quintal e, depois, no quarto.
Milhões de casais americanos, como meus vizinhos, esta noite brigam por causa de dinheiro, dívidas, extravagâncias, a compra ou a venda da casa. Quem não tem culpa no cartório?
A primeira vez que fui a Londres, em 69, fiquei impressionado com a vida espartana dos ingleses. Meu colega da BBC, de quase 30 anos, dividia um apartamento de dois quartos e um banheiro com outros três jornalistas.
Aos 25 anos, meu padrão de jornalista do terceiro mundo - ainda não nos chamavam de emergentes - era mais alto em Nova York. Meu salário baixo me dava acesso a crédito. Tinha crédito e devia os tubos. Dinheiro de plástico era muito mais caro na Inglaterra.
A recessão dos 70 e a falência de Nova York renderam amarguras e oportunidades. Se não devesse tanto poderia ter comprado um apartamento de dois quartos, de luxo, ao lado da casa do prefeito por preço de terceiro mundo. Isto foi em 75. Em 90, fui entrevistar uma cantora que tinha comprado o apartamento. Valia 15 vezes mais.
Aprendemos a lição? Não. Nos 80, os masters of the universe promoviam a ganância, vendiam lixo - junk bonds - e gastavam US$ 5 milhões numa festa. Nos 90 entramos na bolha da internet. Pufffff. Na virada do século entramos na bolha imobiliária. Puffff.
A riqueza americana hoje tem muito mais papel do que produção.
Nos garantem que esta crise é pior do que a recessão dos 70 e que a queda da bolsa de 87 foi fichinha comparada com a atual. Tomara que seja verdade. Tomara que não seja. Minha atitude muda de hora em hora.
Por que os americanos não aprendem a viver como o resto do mundo? Por que uma casa comprada há 20 anos por menos de US$ 300 mil vale - ou valia - há poucos meses US$ 3 milhões e meio?
Estamos grudados na televisão para os debates políticos. Devemos trilhões. O senador McCain nos promete que vai pagar as hipotecas podres. O senador Obama promete que vai reduzir impostos para 95% dos contribuintes e dar seguro de saúde para 46 milhões de americanos.
E os Estados Unidos vão ser como antes? Não, melhor. A bolsa caiu seis dias seguidos.
No pânico financeiro de 1907, JP Morgan jogou os milhões dele na praça e acalmou o país. Agora é a vez do homem mais rico do mundo, Warren Buffet, tentar salvar o capitalismo. Injeta bilhões no mercado em baixa. E o mercado despenca.
O secretário do Tesouro esparrama dinheiro. US$ 85 bilhões para a AIG, uma das maiores seguradoras do mundo. Os executivos da empresa e seus vendedores pegam a grana, se reúnem num spa e gastam US$ 400 mil num fim-de-semana.
Deputados mostram as contas das massagens e manicures. Os americanos espumam de raiva. A história não foi bem assim, mas não há explicação perdoável. Todos nos sentimos lesados e revoltados. Forca é pouco para os CEOs e presidentes dos bancos de investimentos. Queremos esganá-los.
Nos canais econômicos, 24 horas de prejuízos por dia, o debate é sobre estatização de bancos. Modelo sueco dos 90 ou inglês?
Pela primeira vez em não sei quantos anos - de 10 a 25 - nos informam os analistas econômicos, os americanos pararam de consumir.
Uma tragédia para a economia, dizem uns. É a salvação, dizem outros.
São quase duas da manhã e o casal do lado está em ação na cama: "Eu quis vender!".
Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Só Eu posso
Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições,essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só Eu posso.
A Cabana de Willian P.Young pg. 166 - Ed. sextante
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Somente um olho para ver o caminho.....
Religioso quer que mulheres mostrem só um olho
Um influente clérigo saudita lançou um decreto religioso (fatwa) dizendo que as mulheres que cobrem suas faces com um véu devem deixar apenas um olho descoberto.
O xeque Mohamed Al Habdan fez a afirmação durante um programa de TV por satélite da emissora Al Maid, que transmite para vários países do mundo árabe e já foi plataforma para o lançamento de outras fatwas.
"Quando Ibn Abbas (um conhecido estudioso do islamismo) lia uma passagem do Alcorão (o livro sagrado dos muçulmanos) que mencionava o véu, ele cobriu sua face e um olho, mostrando apenas um pouco do outro olho e disse: este é o véu que cobre o rosto, apenas o suficiente para ver o caminho", disse ele.
Ele disse que as mulheres muçulmanas que usam o niqab, ou véu que cobre o rosto, ajustem a indumentária para que ela passe a cobrir um dos olhos. Segundo ele, mostrar os dois seria "islamicamente incorreto", por não ser recatado o suficiente.
O niqab é bastante comum em vários países do Golfo e vem se tornando cada vez mais popular em países tradicionalmente mais liberais como o Egito.
Outras polêmicas
Al Habdan já emitiu outras fatwas polêmicas, como a que proibia mulheres de saírem de casa sem a companhia de um mehrem, que é um guardião homem que seja proibido de casar legalmente com ela, como o pai, filho ou um irmão.
Outros decretos controversos já foram emitidos no canal de TV Al Maid. O importante clérigo Saleh El-Lheidan condenou aqueles que assistem aos Jogos Olímpicos e novelas turcas.
"Nada deixa o demônio mais contente do que assistir essas atletas mulheres competindo em trajes apertados", disse ele. Para Lheidan, o problema das novelas turcas, um fenômeno atual de audiência no mundo árabe, seriam as cenas ambientadas nos quartos, algo proibido segundo o religioso.
Lheidan chegou a autorizar o assassinato de donos de emissoras que transmitem programas considerados anti-islâmicos, mas voltou atrás e disse que a sentença de morte deveria ser aprovada antes por um tribunal islâmico.
Outra fatwa incomum emitida recentemente foi a que classificou o personagem Mickey Mouse como um "agente de satã". O xeque saudita Muhamed Munajid disse que, "tanto o rato doméstico como seu equivalente na ficção devem ser mortos".
Rodrigo Durão Coelho
Fonte: BBC Brasil
Um influente clérigo saudita lançou um decreto religioso (fatwa) dizendo que as mulheres que cobrem suas faces com um véu devem deixar apenas um olho descoberto.
O xeque Mohamed Al Habdan fez a afirmação durante um programa de TV por satélite da emissora Al Maid, que transmite para vários países do mundo árabe e já foi plataforma para o lançamento de outras fatwas.
"Quando Ibn Abbas (um conhecido estudioso do islamismo) lia uma passagem do Alcorão (o livro sagrado dos muçulmanos) que mencionava o véu, ele cobriu sua face e um olho, mostrando apenas um pouco do outro olho e disse: este é o véu que cobre o rosto, apenas o suficiente para ver o caminho", disse ele.
Ele disse que as mulheres muçulmanas que usam o niqab, ou véu que cobre o rosto, ajustem a indumentária para que ela passe a cobrir um dos olhos. Segundo ele, mostrar os dois seria "islamicamente incorreto", por não ser recatado o suficiente.
O niqab é bastante comum em vários países do Golfo e vem se tornando cada vez mais popular em países tradicionalmente mais liberais como o Egito.
Outras polêmicas
Al Habdan já emitiu outras fatwas polêmicas, como a que proibia mulheres de saírem de casa sem a companhia de um mehrem, que é um guardião homem que seja proibido de casar legalmente com ela, como o pai, filho ou um irmão.
Outros decretos controversos já foram emitidos no canal de TV Al Maid. O importante clérigo Saleh El-Lheidan condenou aqueles que assistem aos Jogos Olímpicos e novelas turcas.
"Nada deixa o demônio mais contente do que assistir essas atletas mulheres competindo em trajes apertados", disse ele. Para Lheidan, o problema das novelas turcas, um fenômeno atual de audiência no mundo árabe, seriam as cenas ambientadas nos quartos, algo proibido segundo o religioso.
Lheidan chegou a autorizar o assassinato de donos de emissoras que transmitem programas considerados anti-islâmicos, mas voltou atrás e disse que a sentença de morte deveria ser aprovada antes por um tribunal islâmico.
Outra fatwa incomum emitida recentemente foi a que classificou o personagem Mickey Mouse como um "agente de satã". O xeque saudita Muhamed Munajid disse que, "tanto o rato doméstico como seu equivalente na ficção devem ser mortos".
Rodrigo Durão Coelho
Fonte: BBC Brasil
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Igreja de Ribeirão Preto vai aceitar dízimo pago em cartão de crédito
As filas cada vez maiores na secretaria de atendimento da Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro de Ribeirão Preto (SP), motivaram a reforma modernizatória: transferir a secretaria para uma sala maior, com ar condicionado, banco de espera (com direito a revistas), máquina de café, senha eletrônica e duas máquinas de cartão - Visa e Mastercard - para melhor atender à clientela exigente.
"As pessoas que vinham aqui agendar casamento ou batizado perguntavam cada vez mais se podiam pagar com o cartão. Hoje em dia é díficil as pessoas andarem com dinheiro no bolso", conta Francisco Jaber Zanardo Moussa, o Padre Chico, responsável pela paróquia. Outra vantagem do cartão, ele explica, é diminuir o dinheiro físico dentro dos cofres da igreja, onde furtos já foram registrados.
As máquinas também serão utilizadas para o pagamento do dízimo - prática já existente em algumas igrejas evangélicas, como a Universal e a Renascer em Cristo. Mas a modernização tem seus limites. Padre Chico frisa que o espaço de utilização será restrito à secretaria; por conseqüência, a máquina não vai substutuir a tradicional cestinha de contribuição passada durante as cerimônias: "A missa tem um sentido eucarístico, cerimonial, não posso colocar uma máquina lá no meio", diz.
A nova sala de atendimento receberá a benção inaugural nesse domingo e começará a funcionar na segunda-feira. Na antiga secretaria, será instalada uma lojinha de artigos religiosos, conta o padre empreendedor.
Na nova secretaria, haverá três guichês (a antiga tinha só dois): um para informações e atendimento de rotina, outro para sacramentos (batizado, primeira eucaristia, crisma, casamento) e um terceiro, onde ficará um padre, voltado para atividades exclusivas como bênção de imagens e terços, dúvidas específicas, entre outros assuntos.
O fim da peste
O padre calcula que o movimento da paróquia, que motivou toda a mudança, começou a crescer de um ano para cá, depois que bandos de pombas foram espantados da praça onde fica a catedral, no centro da cidade. "Antes a igreja era muito suja, havia uma população de mais ou menos 30 mil pombos por aqui", afirma.
Padre Chico conta, orgulhoso, que foi o responsável pelo fim da peste e o retorno dos fiéis. Decidido a dar um fim nas aves, se inspirou em Sertãozinho (SP), onde foi usado um repelente à base de extrato de uva para espantar as pombas.
O Ibama, no entanto, não deixou que a experiência se repetisse em Ribeirão Preto. O padre recorreu, então, às lembranças da infância na roça, quando a família usava bombinhas de festa junina para espantar as rolinhas das plantações. "Pensei: se bombinha espanta rolinha, então foguete vai espantar pomba, que é maior".
O padre conta que as pombas usavam a praça como dormitório e chegavam ao local por volta das 18h. "Todo dia às 18h, eu soltava um rojão e elas fugiam. Por volta das 19h, elas voltavam e eu soltava outro", conta. A saga durou seis meses. "Hoje não tem mais nenhum pombo na praça", comemora.
De lá para cá, o movimento da catedral triplicou. "Antes eu comprava de 1.800 a 2.000 hóstias por fim de semana, hoje compro de 3.500 a 4.000".
Do UOL Notícias
Em São Paulo
"As pessoas que vinham aqui agendar casamento ou batizado perguntavam cada vez mais se podiam pagar com o cartão. Hoje em dia é díficil as pessoas andarem com dinheiro no bolso", conta Francisco Jaber Zanardo Moussa, o Padre Chico, responsável pela paróquia. Outra vantagem do cartão, ele explica, é diminuir o dinheiro físico dentro dos cofres da igreja, onde furtos já foram registrados.
As máquinas também serão utilizadas para o pagamento do dízimo - prática já existente em algumas igrejas evangélicas, como a Universal e a Renascer em Cristo. Mas a modernização tem seus limites. Padre Chico frisa que o espaço de utilização será restrito à secretaria; por conseqüência, a máquina não vai substutuir a tradicional cestinha de contribuição passada durante as cerimônias: "A missa tem um sentido eucarístico, cerimonial, não posso colocar uma máquina lá no meio", diz.
A nova sala de atendimento receberá a benção inaugural nesse domingo e começará a funcionar na segunda-feira. Na antiga secretaria, será instalada uma lojinha de artigos religiosos, conta o padre empreendedor.
Na nova secretaria, haverá três guichês (a antiga tinha só dois): um para informações e atendimento de rotina, outro para sacramentos (batizado, primeira eucaristia, crisma, casamento) e um terceiro, onde ficará um padre, voltado para atividades exclusivas como bênção de imagens e terços, dúvidas específicas, entre outros assuntos.
O fim da peste
O padre calcula que o movimento da paróquia, que motivou toda a mudança, começou a crescer de um ano para cá, depois que bandos de pombas foram espantados da praça onde fica a catedral, no centro da cidade. "Antes a igreja era muito suja, havia uma população de mais ou menos 30 mil pombos por aqui", afirma.
Padre Chico conta, orgulhoso, que foi o responsável pelo fim da peste e o retorno dos fiéis. Decidido a dar um fim nas aves, se inspirou em Sertãozinho (SP), onde foi usado um repelente à base de extrato de uva para espantar as pombas.
O Ibama, no entanto, não deixou que a experiência se repetisse em Ribeirão Preto. O padre recorreu, então, às lembranças da infância na roça, quando a família usava bombinhas de festa junina para espantar as rolinhas das plantações. "Pensei: se bombinha espanta rolinha, então foguete vai espantar pomba, que é maior".
O padre conta que as pombas usavam a praça como dormitório e chegavam ao local por volta das 18h. "Todo dia às 18h, eu soltava um rojão e elas fugiam. Por volta das 19h, elas voltavam e eu soltava outro", conta. A saga durou seis meses. "Hoje não tem mais nenhum pombo na praça", comemora.
De lá para cá, o movimento da catedral triplicou. "Antes eu comprava de 1.800 a 2.000 hóstias por fim de semana, hoje compro de 3.500 a 4.000".
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Aritmética da crise na America
EM 1994 , nos EUA, os juros dos empréstimos bancários eram baixos. Em Nova York, os Jones, um casal de professores, decidiram comprar um apartamento que valia US$ 300 mil. Graças a uma herança, eles dispunham de um aporte inicial de US$ 100 mil e conseguiram um empréstimo hipotecário de US$ 200 mil a juros fixos; a mensalidade, que pagariam por 30 anos, era compatível com seus salários.
Em 1996, o apartamento dos Jones, comprado por US$ 300 mil, já estava valendo US$ 450 mil, e os bancos competiam para refinanciá-lo. Os Jones contrataram novo empréstimo hipotecário de US$ 350 mil; com isso, pagaram o saldo da hipoteca anterior (quase US$ 200 mil) e ficaram com US$ 150 mil líquidos, para eles.A bolsa não parava de subir, e os Jones investiram seus 150 mil (sobre os quais pagavam juros de 6%) em fundos de ações (com retorno médio de 16% ao ano). Nada mal.
Dois anos mais tarde, o apartamento valia US$ 600 mil. Os Jones pediram a seu banco uma linha de crédito garantida por uma segunda hipoteca sobre o imóvel: mais US$ 150 mil, que eles investiram nos mesmos fundos de ações.
Nessa altura, além do apartamento (que valia 600 mil, mas com duas hipotecas, de 350 e 150 mil), os Jones possuíam um capital investido de US$ 300 mil. Sucesso, hein?
Preocupados em não perder o trem da alegria, convencidos de que não há bem-estar sem crescimento contínuo e entusiastas da internet, os Jones venderam seus fundos e passaram a negociar ações diretamente numa corretora on-line, com bons resultados: naqueles anos, era difícil errar. Preferiam as ações de empresas das novas tecnologias, que prometiam lucros rápidos. Seus investimentos serviam como garantia para eles alavancarem dinheiro para mais investimentos, o que multiplicava o retorno (e também os riscos, mas os Jones se sentiam confiantes: só conheciam céus azuis -longo período de juros baixos, aumento vertiginoso do preço dos imóveis e subida contínua das bolsas).
Em março de 2000, no desastre das ações de tecnologia, alavancados além da conta, os Jones tiveram que vender na pior baixa. Perderam metade de seu capital. Mas, nesta altura, seu imóvel valia US$ 800 mil; eles ampliaram a linha de crédito e voltaram para a bolsa com toda força.
No 11 de Setembro de 2001, novo desastre. Os Jones ficaram com quase nada. Sobrava-lhes seu imóvel. Problema: entre 2000 e 2001, pela queda nas bolsas, US$ 4 trilhões sumiram das contas dos americanos; o preço dos imóveis estava fadado a baixar. No fim de 2007, o apartamento dos Jones, hipotecado por US$ 500 mil, valia US$ 450 mil. Entregar a casa para o banco credor se tornava um bom negócio. Essa é a história de uma hipoteca de primeira linha. A das hipotecas de segunda linha ("subprime") é mais simples.
Nos anos 90, os Smiths não tinham renda para pagar as mensalidades de um empréstimo. Para que os menos solventes aproveitassem a "festa" imobiliária, os bancos inventaram um tipo de empréstimo com juros bem altos, mas que seriam cobrados só a partir do terceiro ano. Ou seja, antes de dois anos, os Smiths venderiam seu imóvel (cujo valor teria aumentado de, digamos, 30%), reembolsariam o empréstimo do banco e ficariam com o tal 30%, um pequeno patrimônio. Tudo certo -à condição que o preço dos imóveis não parasse de subir.
Durante esse tempo, os bancos, assim como seus clientes, também apostaram no eterno "boom" dos imóveis e transformaram os débitos hipotecários dos Jones e dos Smiths em títulos negociáveis, lastro para alavancar mais dinheiro etc.
O que foi? Cobiça dos Jones e dos Smiths? Ganância de executivos preocupados só com seu bônus de Natal? Uma grande jornalista americana, Barbara Ehrenreich, no "New York Times" de 23 de setembro, aponta para um responsável menos óbvio: o pensamento positivo, triunfante na cultura americana das últimas décadas.
Para Ehrenreich, o problema é que, há anos, "tropas de pastores de superigrejas e um fluxo infinito de best-sellers de auto-ajuda" juram que, para conseguir o que a gente quer, é suficiente "acreditar firme": deseje ardentemente o objeto de sua ambição, e eis que o mundo e Deus responderão a seu pedido.
As estantes das livrarias de aeroporto mandam cada viajante (sobretudo se for um executivo) ser loucamente otimista e confiante. Em seus sites, os conferencistas motivacionais ainda listam orgulhosamente, entre seus clientes importantes, Lehman Brothers e Merril Lynch...
Contardo Calligaris, na Folha de S.Paulo.
colaboração: Judith Almeida e Gedeon Alencar
Via http://pavablog.blogspot.com/
Em 1996, o apartamento dos Jones, comprado por US$ 300 mil, já estava valendo US$ 450 mil, e os bancos competiam para refinanciá-lo. Os Jones contrataram novo empréstimo hipotecário de US$ 350 mil; com isso, pagaram o saldo da hipoteca anterior (quase US$ 200 mil) e ficaram com US$ 150 mil líquidos, para eles.A bolsa não parava de subir, e os Jones investiram seus 150 mil (sobre os quais pagavam juros de 6%) em fundos de ações (com retorno médio de 16% ao ano). Nada mal.
Dois anos mais tarde, o apartamento valia US$ 600 mil. Os Jones pediram a seu banco uma linha de crédito garantida por uma segunda hipoteca sobre o imóvel: mais US$ 150 mil, que eles investiram nos mesmos fundos de ações.
Nessa altura, além do apartamento (que valia 600 mil, mas com duas hipotecas, de 350 e 150 mil), os Jones possuíam um capital investido de US$ 300 mil. Sucesso, hein?
Preocupados em não perder o trem da alegria, convencidos de que não há bem-estar sem crescimento contínuo e entusiastas da internet, os Jones venderam seus fundos e passaram a negociar ações diretamente numa corretora on-line, com bons resultados: naqueles anos, era difícil errar. Preferiam as ações de empresas das novas tecnologias, que prometiam lucros rápidos. Seus investimentos serviam como garantia para eles alavancarem dinheiro para mais investimentos, o que multiplicava o retorno (e também os riscos, mas os Jones se sentiam confiantes: só conheciam céus azuis -longo período de juros baixos, aumento vertiginoso do preço dos imóveis e subida contínua das bolsas).
Em março de 2000, no desastre das ações de tecnologia, alavancados além da conta, os Jones tiveram que vender na pior baixa. Perderam metade de seu capital. Mas, nesta altura, seu imóvel valia US$ 800 mil; eles ampliaram a linha de crédito e voltaram para a bolsa com toda força.
No 11 de Setembro de 2001, novo desastre. Os Jones ficaram com quase nada. Sobrava-lhes seu imóvel. Problema: entre 2000 e 2001, pela queda nas bolsas, US$ 4 trilhões sumiram das contas dos americanos; o preço dos imóveis estava fadado a baixar. No fim de 2007, o apartamento dos Jones, hipotecado por US$ 500 mil, valia US$ 450 mil. Entregar a casa para o banco credor se tornava um bom negócio. Essa é a história de uma hipoteca de primeira linha. A das hipotecas de segunda linha ("subprime") é mais simples.
Nos anos 90, os Smiths não tinham renda para pagar as mensalidades de um empréstimo. Para que os menos solventes aproveitassem a "festa" imobiliária, os bancos inventaram um tipo de empréstimo com juros bem altos, mas que seriam cobrados só a partir do terceiro ano. Ou seja, antes de dois anos, os Smiths venderiam seu imóvel (cujo valor teria aumentado de, digamos, 30%), reembolsariam o empréstimo do banco e ficariam com o tal 30%, um pequeno patrimônio. Tudo certo -à condição que o preço dos imóveis não parasse de subir.
Durante esse tempo, os bancos, assim como seus clientes, também apostaram no eterno "boom" dos imóveis e transformaram os débitos hipotecários dos Jones e dos Smiths em títulos negociáveis, lastro para alavancar mais dinheiro etc.
O que foi? Cobiça dos Jones e dos Smiths? Ganância de executivos preocupados só com seu bônus de Natal? Uma grande jornalista americana, Barbara Ehrenreich, no "New York Times" de 23 de setembro, aponta para um responsável menos óbvio: o pensamento positivo, triunfante na cultura americana das últimas décadas.
Para Ehrenreich, o problema é que, há anos, "tropas de pastores de superigrejas e um fluxo infinito de best-sellers de auto-ajuda" juram que, para conseguir o que a gente quer, é suficiente "acreditar firme": deseje ardentemente o objeto de sua ambição, e eis que o mundo e Deus responderão a seu pedido.
As estantes das livrarias de aeroporto mandam cada viajante (sobretudo se for um executivo) ser loucamente otimista e confiante. Em seus sites, os conferencistas motivacionais ainda listam orgulhosamente, entre seus clientes importantes, Lehman Brothers e Merril Lynch...
Contardo Calligaris, na Folha de S.Paulo.
colaboração: Judith Almeida e Gedeon Alencar
Via http://pavablog.blogspot.com/
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
A Cabana
A cabana livro de Willian P. Young que foi publicado por uma editora desconhecida
Do meio literário americano e que acabou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York
Esta semana esta em primeiro lugar na Veja, Soube do livro pela revista Ultimato e logo veio a curiosidade
Sabe daqueles livros que você começa e não quer lagar? Pois bem A Cabana e assim
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