Lula escolheu para fechar o ano a sua máscara preferida: a de vítima.
Voltou a repetir no Recife, durante a inauguração, ontem, de um parque, que seus críticos torcem para a crise financeira "arrebentar o Brasil". Só assim ele perderia popularidade.
- Tem gente torcendo para a crise arrebentar o Brasil. Tem gente dizendo: "Ah, agora a crise vai pegar o Lula. Agora é que nós vamos ver. Queremos ver se ele vai continuar bom na pesquisa. Queremos ver porque agora ele vai se lascar. É assim que falam.
Os empresários torcem para que a crise arrebente o Brasil - e por extensão os seus negócios? Não são suicidas.
Boa parte dos políticos de oposição é formada por empresários. A parte que não é quer sobreviver como todo mundo. Torce contra a crise e não a favor dela.
A mídia torce pela crise? Ela já está sendo vítima dela. Caiu o volume de anúncios em todos os meios de comunicação. Alguns jornais começaram a demitir.
Jornalista torce pela crise? Para quê? Para perder o emprego?
Interessa aos governadores José Serra e Aécio Neves, ambos aspirantes à vaga de Lula, que a crise desacelere o crescimento do país que pretendem herdar?
Para eles o ideal seria receber uma economia nos trinques. E governar em paz pelos próximos dois anos.
A condição de ex-retirante da seca ajudou Lula politicamente.
A de ex-metalúrgico que perdeu um dedo na prensa, também.
A de quem não estudou, mas mesmo assim chegou à presidência da República - essa nem se fala.
Diante de uma dificuldade maior, Lula veste a máscara de vítima - e desfila com ela por aí.
Foi assim quando vários escândalos ameaçaram seu governo. Ele acusou as elites de desejarem derrubá-lo - mas por que?
Elas jamais lucraram tanto antes. Se dependesse delas, Lula teria um terceiro e até um quarto mandato consecutivos.
A crise pode atrapalhar o plano de Lula de fazer o seu sucessor. Pode até mesmo arranhar sua popularidade.
É por causa disso que ele tenta jogar no colo dos adversários parte da responsabilidade pelos estragos que a crise venha a causar. Quer tirar vantagem da crise.
Esse tipo de comportamento da parte dele tem dado certo até aqui.
Entre nós, Lula é disparado o mais talentoso gigolô da ignorância alheia
Ricardo Noblat
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
Jesus, filho de Virgen María e carpinteiro, nasce no Peru
Uma mulher peruana chamada Virgen María, casada com um carpinteiro, deu o nome de Jesús Emanuel a seu filho, nascido no dia de Natal.
O parto não estava previsto para esta data, de acordo com o Instituto Nacional Materno Perinatal, na capital, Lima. Mas Virgen María Huarcaya Palonimo, de 20 anos de idade, começou a sentir dores e teve que ser submetida a uma operação cesariana.
Seu marido, que tem a mesma profissão de São José, chama-se Adolfo Jorge Huamán, e tem 24 anos.
O bebê nasceu às 2h22, horário local (5h20, hora de Brasília), no dia 25 de dezembro. Ele pesa 3,32 quilos e tem 49 centímetros de comprimento.
O pai de Jesús Emanuel disse que tinha planos de dar ao filho o nome de um jogador de futebol, mas mudou de idéia quando o nascimento ocorreu no Natal.
Já Virgen María, admitiu que nunca gostou muito de seu próprio nome, pois era alvo de brincadeiras na escola.
Agora o filho dela virou uma celebridade. O prefeito de Lima, Luis Castañeda Lossio, aceitou um convite do casal para ser padrinho da criança e fez uma visita ao hospital onde ela nasceu.
Para madrinha, Virgen María e seu marido escolheram uma apresentadora da TV peruana.
Fonte Folhaonline
O parto não estava previsto para esta data, de acordo com o Instituto Nacional Materno Perinatal, na capital, Lima. Mas Virgen María Huarcaya Palonimo, de 20 anos de idade, começou a sentir dores e teve que ser submetida a uma operação cesariana.
Seu marido, que tem a mesma profissão de São José, chama-se Adolfo Jorge Huamán, e tem 24 anos.
O bebê nasceu às 2h22, horário local (5h20, hora de Brasília), no dia 25 de dezembro. Ele pesa 3,32 quilos e tem 49 centímetros de comprimento.
O pai de Jesús Emanuel disse que tinha planos de dar ao filho o nome de um jogador de futebol, mas mudou de idéia quando o nascimento ocorreu no Natal.
Já Virgen María, admitiu que nunca gostou muito de seu próprio nome, pois era alvo de brincadeiras na escola.
Agora o filho dela virou uma celebridade. O prefeito de Lima, Luis Castañeda Lossio, aceitou um convite do casal para ser padrinho da criança e fez uma visita ao hospital onde ela nasceu.
Para madrinha, Virgen María e seu marido escolheram uma apresentadora da TV peruana.
Fonte Folhaonline
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Padre irrita ao dizer a verdade
Itália: padre irrita pais ao dizer que Noel não existe
O padre Dino Bottino, da paróquia da Igreja do Sagrado Coração, em Novara, no norte da Itália, nunca podia imaginar a revolta que iria criar quando disse às crianças que nem o Papai Noel, e nem a bruxa boa chamada Befana, que traz presentes no ano-novo às crianças italianas, existem de verdade.
Bottino contou o segredo para as crianças durante uma missa em meados deste mês.
Dezenas de pais reclamaram. "Você estragou o Natal dos meus filhos", disse uma mãe revoltada. Um jornal local publicou as queixas dos pais.
Mas o padre Bottino não se abalou. "Eu disse às crianças que o Papai Noel era uma invenção que não tinha nada a ver com a estória do Natal cristão. E eu repetiria isso de novo, se tivesse chance!", afirmou o prelado.
Bottino disse que nunca teve a intenção de magoar ninguém, mas tem o dever de distiguir a realidade de Jesus da estória do Papai Noel, que é uma fábula como Cinderela e Branca de Neve.
Fonte : Terra
BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.
O padre Dino Bottino, da paróquia da Igreja do Sagrado Coração, em Novara, no norte da Itália, nunca podia imaginar a revolta que iria criar quando disse às crianças que nem o Papai Noel, e nem a bruxa boa chamada Befana, que traz presentes no ano-novo às crianças italianas, existem de verdade.
Bottino contou o segredo para as crianças durante uma missa em meados deste mês.
Dezenas de pais reclamaram. "Você estragou o Natal dos meus filhos", disse uma mãe revoltada. Um jornal local publicou as queixas dos pais.
Mas o padre Bottino não se abalou. "Eu disse às crianças que o Papai Noel era uma invenção que não tinha nada a ver com a estória do Natal cristão. E eu repetiria isso de novo, se tivesse chance!", afirmou o prelado.
Bottino disse que nunca teve a intenção de magoar ninguém, mas tem o dever de distiguir a realidade de Jesus da estória do Papai Noel, que é uma fábula como Cinderela e Branca de Neve.
Fonte : Terra
BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
A vontade de Deus
“ Como posso conhecer a vontade de Deus? Mesmo onde não há uma exigência mais explícita em relação à minha obediência, como seria no caso de uma ordem ou de um mandamento legítimos, a própria natureza de cada situação geralmente traz consigo alguma indicação da vontade de Deus. Pois tudo que é exigido pela verdade, pela justiça, pela misericórdia, ou pelo amor, deverá certamente ser tido como vontade de Deus.”
Thomas Merton.
Via Reflexões de Thomas Merton
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Paciência - Lenine
A vida não para, A vida tão rara, Eu finjo ter paciência
Tenho que aprender muito ainda
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Intolerância religiosa
Moradores acusam síndico de prédio no Rio de denegrir imagem de santa
O síndico de um prédio em Vila Isabel (zona norte do Rio) foi autuado por intolerância religiosa por supostamente jogar fora e denegrir uma imagem de Nossa Senhora da Guia. Segundo moradores do prédio, o síndico, que é evangélico, comparou a imagem a um poste. Ele nega e diz que vai processar os vizinhos.
O caso é inédito no Rio, segundo a comissão de Intolerância Religiosa da Polícia Civil do Rio, que investiga o suposto crime. A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) informou que acompanha as investigações.
Segundo registro da Polícia Civil, Marcus Valério da Fonseca, síndico do prédio 134 da rua Luis Barbosa, em Vila Isabel, retirou uma imagem de Nossa Senhora da Guia que estava no edifício desde 1997 para obras em novembro. Na semana passada, ao ser questionado sobre o destino da imagem, disse que não a recolocaria no prédio, de acordo com o relato dos moradores.
Segundo o técnico dos Correios Sérgio Vianna, um dos moradores que fizeram a queixa à polícia, Fonseca comparou a imagem a um poste. "Conversando com a minha mulher, ele [síndico] disse que a imagem [da santa] e um poste para ele era a mesma coisa, e repetiu isso em uma reunião. Tenho testemunhas", disse.
O síndico afirmou que "em momento nenhum" comparou a santa a um poste e ainda que, quando a imagem foi retirada para as obras, estava viajando a trabalho. Ele contou ainda que se sente perseguido pelos moradores por não ser católico. "Eu nunca falei isso e também não tirei a santa, quem fez isso foi uma pessoa que inclusive é católica, para fazer obras. Mas [a imagem] não foi tirada a revelia".
Marcus Valério da Fonseca disse que entrará na Justiça com uma queixa-crime contra vizinhos por calúnia e danos morais. "Quem se sente agredido sou eu".
Em depoimento à 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel), os moradores afirmaram ainda que ele havia jogado fora a imagem. Na segunda-feira (8), porém, a estátua da santa foi encontrada embrulhada em jornal no apartamento do zelador do prédio. A imagem ainda não foi recolocada, segundo os moradores.
Se for provado que o síndico denegriu a imagem da santa, ele poderá pegar de um a três anos de prisão, segundo o delegado Henrique Pessoa, representante da Polícia Civil do Rio para casos de intolerância religiosa. Pessoa disse que este, se confirmado, este será o primeiro caso de intolerância religiosa entre evangélicos e católicos registrado pela Polícia Civil do Rio.
"O que já registramos são casos de intolerância de evangélicos pentecostais a religiões de matriz africana", afirmou.
A CNBB informou nesta terça-feira que está acompanhando as investigações da Polícia Civil.
LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio
O síndico de um prédio em Vila Isabel (zona norte do Rio) foi autuado por intolerância religiosa por supostamente jogar fora e denegrir uma imagem de Nossa Senhora da Guia. Segundo moradores do prédio, o síndico, que é evangélico, comparou a imagem a um poste. Ele nega e diz que vai processar os vizinhos.
O caso é inédito no Rio, segundo a comissão de Intolerância Religiosa da Polícia Civil do Rio, que investiga o suposto crime. A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) informou que acompanha as investigações.
Segundo registro da Polícia Civil, Marcus Valério da Fonseca, síndico do prédio 134 da rua Luis Barbosa, em Vila Isabel, retirou uma imagem de Nossa Senhora da Guia que estava no edifício desde 1997 para obras em novembro. Na semana passada, ao ser questionado sobre o destino da imagem, disse que não a recolocaria no prédio, de acordo com o relato dos moradores.
Segundo o técnico dos Correios Sérgio Vianna, um dos moradores que fizeram a queixa à polícia, Fonseca comparou a imagem a um poste. "Conversando com a minha mulher, ele [síndico] disse que a imagem [da santa] e um poste para ele era a mesma coisa, e repetiu isso em uma reunião. Tenho testemunhas", disse.
O síndico afirmou que "em momento nenhum" comparou a santa a um poste e ainda que, quando a imagem foi retirada para as obras, estava viajando a trabalho. Ele contou ainda que se sente perseguido pelos moradores por não ser católico. "Eu nunca falei isso e também não tirei a santa, quem fez isso foi uma pessoa que inclusive é católica, para fazer obras. Mas [a imagem] não foi tirada a revelia".
Marcus Valério da Fonseca disse que entrará na Justiça com uma queixa-crime contra vizinhos por calúnia e danos morais. "Quem se sente agredido sou eu".
Em depoimento à 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel), os moradores afirmaram ainda que ele havia jogado fora a imagem. Na segunda-feira (8), porém, a estátua da santa foi encontrada embrulhada em jornal no apartamento do zelador do prédio. A imagem ainda não foi recolocada, segundo os moradores.
Se for provado que o síndico denegriu a imagem da santa, ele poderá pegar de um a três anos de prisão, segundo o delegado Henrique Pessoa, representante da Polícia Civil do Rio para casos de intolerância religiosa. Pessoa disse que este, se confirmado, este será o primeiro caso de intolerância religiosa entre evangélicos e católicos registrado pela Polícia Civil do Rio.
"O que já registramos são casos de intolerância de evangélicos pentecostais a religiões de matriz africana", afirmou.
A CNBB informou nesta terça-feira que está acompanhando as investigações da Polícia Civil.
LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio
Padre sai em disparada
Padre maratonista persegue ladrão e recupera dinheiro da igreja
Um padre de Washington saiu em disparada pelas ruas pouco antes de sua missa para recuperar dinheiro que havia sido levado do cofre da igreja.
Era domingo de manhã, e o padre Bill Hegedusich "abandonou" os fiéis da igreja St. Peter e saiu atrás do ladrão que havia levado dois sacos de dinheiro, num total de US$ 125.
Bill, de 48 anos, é maratonista e não pensou duas vezes: saiu correndo atrás do ladrão, gritando para que ele devolvesse o dinheiro. O bandido abandonou um dos sacos e continuou correndo.
O padre diz que conseguiu recuperar cerca de US$ 60, mas o homem não foi preso.
Bill diz que é "decepcionante" que alguém pense em roubar dinheiro que seria destinado aos pobres. Minutos depois do ocorrido, ele rezou a missa da manhã de domingo.
Fonte: G1
Um padre de Washington saiu em disparada pelas ruas pouco antes de sua missa para recuperar dinheiro que havia sido levado do cofre da igreja.
Era domingo de manhã, e o padre Bill Hegedusich "abandonou" os fiéis da igreja St. Peter e saiu atrás do ladrão que havia levado dois sacos de dinheiro, num total de US$ 125.
Bill, de 48 anos, é maratonista e não pensou duas vezes: saiu correndo atrás do ladrão, gritando para que ele devolvesse o dinheiro. O bandido abandonou um dos sacos e continuou correndo.
O padre diz que conseguiu recuperar cerca de US$ 60, mas o homem não foi preso.
Bill diz que é "decepcionante" que alguém pense em roubar dinheiro que seria destinado aos pobres. Minutos depois do ocorrido, ele rezou a missa da manhã de domingo.
Fonte: G1
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Porque – e ignoro quantas vezes terei de voltar
Porque – e ignoro quantas vezes terei de voltar a este ponto – quando fala do homem Gênesis está falando de Deus. O homem é sua imagem e projeção.
Uma das coisas que diferencia a narrativa primordial de Gênesis de outros mitos da criação é o quanto a versão bíblica desmistifica a natureza. A natureza, segundo Gênesis, é morta e artificialmente animada; nada há de espiritual nela. Não há ninfas ou espíritos da floresta: a vegetação é mera comida, armazém onipresente para consumo de animais e pessoas. Os animais têm vida mas não têm alma nem futuro nem lugar de descanso; não há elfos que os protejam, não há curupiras que os representem.
O sol não é ainda nosso irmão nem a lua nossa irmã, como mais tarde revelaria Francisco; os astros são equipamentos, utilitários: literalmente, “luminárias”. A terra não é de forma alguma nossa Mãe, mas duro receptáculo e prosaica matéria-prima.
Para o autor de Gênesis, o mundo natural é inteiramente desprovido de misticismo; sua cosmovisão é científica (para usar um termo anacrônico mas estranhamente preciso) em sua rigorosa ausência de deslumbramento.
Deus, propõe esta história, está incrivelmente ausente da natureza. O mundo natural é mero resultado da industriosa mão-de-obra divina: a natureza é sua confecção, sua criação – algo que ele fez, não algo que faça parte da sua essência ou com o que ele se digne a se identificar.
Pois desde o primeiro momento Deus não será com exclusividade o deus do trovão, o deus do Sol, o deus da colheita, o deus da fertilidade, o deus das florestas, o deus dos rios, o deus das tempestades, o deus do mar; não será o deus das moscas, dos sapos, dos chacais, o deus com cabeça de leão ou de cordeiro. Embora alegue ser criador dessas coisas, estando portanto indelevelmente associado a todas, ele se recusará terminantemente a identificar-se com qualquer uma.
A narrativa é assim, evidentemente, para que na história Deus esteja sozinho.
Neste universo Deus não tem companhia, não tem conselheiros e não tem patrocinadores. É um self-made man, e como não há qualquer recurso espiritual na natureza, ele dependerá de seus próprios recursos para resolver qualquer problema que surgir a partir da sua criação – isto é, a partir daquilo que ele fez. Deus é, precisamente como Adão, senhor do seu mundo, inteiramente viril e engenhoso e independente e livre; como o homem adulto, é plenamente capaz e empreendedor, pronto para responder pelas consequências dos seus atos.
A moral e a reviravolta da história está em que o homem é a única projeção de Deus, a única ferramenta que ele usa para falar de si mesmo. Pois embora se recuse terminantemente a identificar-se com lugares, animais ou forças da natureza, ele se identificará desde o começo, descaradamente e para sempre com o ser humano.
Paulo Brabo
Uma das coisas que diferencia a narrativa primordial de Gênesis de outros mitos da criação é o quanto a versão bíblica desmistifica a natureza. A natureza, segundo Gênesis, é morta e artificialmente animada; nada há de espiritual nela. Não há ninfas ou espíritos da floresta: a vegetação é mera comida, armazém onipresente para consumo de animais e pessoas. Os animais têm vida mas não têm alma nem futuro nem lugar de descanso; não há elfos que os protejam, não há curupiras que os representem.
O sol não é ainda nosso irmão nem a lua nossa irmã, como mais tarde revelaria Francisco; os astros são equipamentos, utilitários: literalmente, “luminárias”. A terra não é de forma alguma nossa Mãe, mas duro receptáculo e prosaica matéria-prima.
Para o autor de Gênesis, o mundo natural é inteiramente desprovido de misticismo; sua cosmovisão é científica (para usar um termo anacrônico mas estranhamente preciso) em sua rigorosa ausência de deslumbramento.
Deus, propõe esta história, está incrivelmente ausente da natureza. O mundo natural é mero resultado da industriosa mão-de-obra divina: a natureza é sua confecção, sua criação – algo que ele fez, não algo que faça parte da sua essência ou com o que ele se digne a se identificar.
Pois desde o primeiro momento Deus não será com exclusividade o deus do trovão, o deus do Sol, o deus da colheita, o deus da fertilidade, o deus das florestas, o deus dos rios, o deus das tempestades, o deus do mar; não será o deus das moscas, dos sapos, dos chacais, o deus com cabeça de leão ou de cordeiro. Embora alegue ser criador dessas coisas, estando portanto indelevelmente associado a todas, ele se recusará terminantemente a identificar-se com qualquer uma.
A narrativa é assim, evidentemente, para que na história Deus esteja sozinho.
Neste universo Deus não tem companhia, não tem conselheiros e não tem patrocinadores. É um self-made man, e como não há qualquer recurso espiritual na natureza, ele dependerá de seus próprios recursos para resolver qualquer problema que surgir a partir da sua criação – isto é, a partir daquilo que ele fez. Deus é, precisamente como Adão, senhor do seu mundo, inteiramente viril e engenhoso e independente e livre; como o homem adulto, é plenamente capaz e empreendedor, pronto para responder pelas consequências dos seus atos.
A moral e a reviravolta da história está em que o homem é a única projeção de Deus, a única ferramenta que ele usa para falar de si mesmo. Pois embora se recuse terminantemente a identificar-se com lugares, animais ou forças da natureza, ele se identificará desde o começo, descaradamente e para sempre com o ser humano.
Paulo Brabo
Felicidade pode ser 'contagiosa', aponta estudo
Um estudo publicado na revista científica British Medical Journal aponta que a felicidade de uma pessoa não é só uma escolha ou experiência individual, mas que está ligada “à felicidade dos indivíduos aos quais a pessoa está conectada, direta ou indiretamente”.
Usando análises estatísticas, os pesquisadores Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Califórnia, mediram como as redes sociais estão relacionadas com a sensação de felicidade de uma pessoa.
Segundo os dados do estudo, a felicidade de uma pessoa pode “contagiar” aqueles com quem ela se relaciona.
“Mudanças na felicidade individual podem se propagar em ondas de felicidade pela rede social e gerar grupos de felicidade e infelicidade”, diz o estudo.
E mais, não são apenas os laços sociais mais imediatos que têm impacto nestes níveis de felicidade, o sentimento consegue atingir até três graus de separação (amigos de amigos de amigos).
“Pessoas que estão cercadas de pessoas felizes e aqueles que são centrais nessas redes de relações têm mais tendência a serem felizes no futuro”.
A pesquisa aponta que estes grupos de “felicidade” resultam da disseminação desse sentimento, e não são apenas resultado de uma tendência dos indivíduos se associarem a pessoas com características similares.
Proximidade
Assim, um amigo que viva a uma distância de cerca de uma milha (1,6 km) e que se torna feliz, aumenta a probabilidade de que uma pessoa seja feliz em 25%. Efeitos similares foram observados entre casais que moram na mesma casa (8%), irmãos que vivam a menos de uma milha de distância (14%) e vizinhos (34%).
Surpreendentemente, essa relação não foi observada entre colegas de trabalho, o que sugere que o contexto social pode afetar na disseminação no sentimento de felicidade.
O estudo também aponta que a proximidade geográfica é essencial para a disseminação da felicidade.
Uma pessoa tem 42% mais chances de ser feliz se um amigo que viva a menos de 800 metros de distância se torna feliz. O efeito é de apenas 22% se o amigo morar a mais de 2,2 quilômetros.
Dados
Para chegar a essas conclusões, os autores analisaram dados coletados em um outro estudo que reuniu informações de 5.124 adultos entre 21 e 70 anos na cidade de Framinggham, no Estado americano de Massachusetts, entre 1971 e 2003.
Originalmente iniciado para pesquisar riscos de problemas no coração, este estudo também coletou dados sobre a saúde mental dos entrevistados.
Em diversos momentos, os entrevistados foram convidados a responder se concordavam ou discordavam de quatro afirmações: “Me sinto esperançoso em relação ao futuro”; “Eu fui feliz”; “Eu aproveitei a vida” e “Eu me senti tão bem como as outras pessoas”.
Para chegar ao conceito de “felicidade” usado em sua pesquisa, Christakis e Fowler levaram em conta a resposta afirmativa às quatro sentenças.
Segundo o professor Andrew Steptoe, especialista em psicologia da University College of London, "faz sentido intuitivamente que a felicidade das pessoas à nossa volta tenham impacto em nossa própria felicidade".
"O que é um pouco mais surpreendente é que essa felicidade parta não apenas daqueles muito próximos a você, mas também de pessoas um pouco mais distantes."
Segundo ele, a pesquisa também pode ter implicações em políticas de saúde pública.
"A felicidade parece estar associada a efeitos protetores à saúde."
"Se a felicidade realmente for transmitida por conexões sociais, ela poderia, indiretamente, contribuir para a transmissão social de saúde", disse ele.
Usando análises estatísticas, os pesquisadores Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Califórnia, mediram como as redes sociais estão relacionadas com a sensação de felicidade de uma pessoa.
Segundo os dados do estudo, a felicidade de uma pessoa pode “contagiar” aqueles com quem ela se relaciona.
“Mudanças na felicidade individual podem se propagar em ondas de felicidade pela rede social e gerar grupos de felicidade e infelicidade”, diz o estudo.
E mais, não são apenas os laços sociais mais imediatos que têm impacto nestes níveis de felicidade, o sentimento consegue atingir até três graus de separação (amigos de amigos de amigos).
“Pessoas que estão cercadas de pessoas felizes e aqueles que são centrais nessas redes de relações têm mais tendência a serem felizes no futuro”.
A pesquisa aponta que estes grupos de “felicidade” resultam da disseminação desse sentimento, e não são apenas resultado de uma tendência dos indivíduos se associarem a pessoas com características similares.
Proximidade
Assim, um amigo que viva a uma distância de cerca de uma milha (1,6 km) e que se torna feliz, aumenta a probabilidade de que uma pessoa seja feliz em 25%. Efeitos similares foram observados entre casais que moram na mesma casa (8%), irmãos que vivam a menos de uma milha de distância (14%) e vizinhos (34%).
Surpreendentemente, essa relação não foi observada entre colegas de trabalho, o que sugere que o contexto social pode afetar na disseminação no sentimento de felicidade.
O estudo também aponta que a proximidade geográfica é essencial para a disseminação da felicidade.
Uma pessoa tem 42% mais chances de ser feliz se um amigo que viva a menos de 800 metros de distância se torna feliz. O efeito é de apenas 22% se o amigo morar a mais de 2,2 quilômetros.
Dados
Para chegar a essas conclusões, os autores analisaram dados coletados em um outro estudo que reuniu informações de 5.124 adultos entre 21 e 70 anos na cidade de Framinggham, no Estado americano de Massachusetts, entre 1971 e 2003.
Originalmente iniciado para pesquisar riscos de problemas no coração, este estudo também coletou dados sobre a saúde mental dos entrevistados.
Em diversos momentos, os entrevistados foram convidados a responder se concordavam ou discordavam de quatro afirmações: “Me sinto esperançoso em relação ao futuro”; “Eu fui feliz”; “Eu aproveitei a vida” e “Eu me senti tão bem como as outras pessoas”.
Para chegar ao conceito de “felicidade” usado em sua pesquisa, Christakis e Fowler levaram em conta a resposta afirmativa às quatro sentenças.
Segundo o professor Andrew Steptoe, especialista em psicologia da University College of London, "faz sentido intuitivamente que a felicidade das pessoas à nossa volta tenham impacto em nossa própria felicidade".
"O que é um pouco mais surpreendente é que essa felicidade parta não apenas daqueles muito próximos a você, mas também de pessoas um pouco mais distantes."
Segundo ele, a pesquisa também pode ter implicações em políticas de saúde pública.
"A felicidade parece estar associada a efeitos protetores à saúde."
"Se a felicidade realmente for transmitida por conexões sociais, ela poderia, indiretamente, contribuir para a transmissão social de saúde", disse ele.
Fonte: bbcbrasil.com
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Professor de sexo e teólogo dá aulas práticas em SP
POR JULIANA VILAS
Avenida São Luiz, 187. Espaço Metrópole, na galeria de mesmo nome. Segundo andar. Sinuca, lan house e bar… Meio escurinho, tudo vermelho e preto. Procuro Dorival Coutinho, em cujo número de telefone aparece duas vezes a dezena ”69". Proposital, é claro. Ele já começa logo falando de fé, Deus, religiosidade. Mas já foi perseguido por fanáticos. É chamado de depravado. Dorival é teólogo por formação, produtor de filmes pornôs e professor de sexo por vocação.
Seu curso foge totalmente dos clichês do gênero. Nada de dicas para apimentar a relação. Nas aulas práticas, os homens treinam para ter prazer bem antes da ejaculação – e prolongar o período entre as preliminares e o ato sagrado de gozar. As mulheres aprendem a se masturbar, a preparar o ambiente (como as indianas fazem) e etc. Dorival já deu palestras sobre motivação numa empresa evangélica. Discursou citando trechos da Bíblia. Ninguém desconfiou que ali estava um professor de sexo. Um missionário, na verdade, segundo o próprio.
A missão? Livrar as pessoas da culpa e dos dogmas que geram repressão sexual, aprisionam a libido e… Bom, depois disso, aprender strip-tease e decorar novas posições sexuais parece bem mais fácil. A maioria dos clientes é homem e faz o curso sozinho. No início, Dorival formava atores pornôs. Mas notou que as pessoas o procuravam com a intenção de melhorar a perfomance, não trabalhar no cinema.
Confira os vídeos com a entrevista de Dorival no urblog. Ele fala de traição, fé, o dilema entre o sagrado e o profano, amor, perseguição e…sexo, claro, sua especialidade. Escola de sexo - Dorival Coutinho: Avenida São Luiz, 187, 2º andar, tel.: (11)3214-4388.
Fonte: ÉpocaSP
Avenida São Luiz, 187. Espaço Metrópole, na galeria de mesmo nome. Segundo andar. Sinuca, lan house e bar… Meio escurinho, tudo vermelho e preto. Procuro Dorival Coutinho, em cujo número de telefone aparece duas vezes a dezena ”69". Proposital, é claro. Ele já começa logo falando de fé, Deus, religiosidade. Mas já foi perseguido por fanáticos. É chamado de depravado. Dorival é teólogo por formação, produtor de filmes pornôs e professor de sexo por vocação.
Seu curso foge totalmente dos clichês do gênero. Nada de dicas para apimentar a relação. Nas aulas práticas, os homens treinam para ter prazer bem antes da ejaculação – e prolongar o período entre as preliminares e o ato sagrado de gozar. As mulheres aprendem a se masturbar, a preparar o ambiente (como as indianas fazem) e etc. Dorival já deu palestras sobre motivação numa empresa evangélica. Discursou citando trechos da Bíblia. Ninguém desconfiou que ali estava um professor de sexo. Um missionário, na verdade, segundo o próprio.
A missão? Livrar as pessoas da culpa e dos dogmas que geram repressão sexual, aprisionam a libido e… Bom, depois disso, aprender strip-tease e decorar novas posições sexuais parece bem mais fácil. A maioria dos clientes é homem e faz o curso sozinho. No início, Dorival formava atores pornôs. Mas notou que as pessoas o procuravam com a intenção de melhorar a perfomance, não trabalhar no cinema.
Confira os vídeos com a entrevista de Dorival no urblog. Ele fala de traição, fé, o dilema entre o sagrado e o profano, amor, perseguição e…sexo, claro, sua especialidade. Escola de sexo - Dorival Coutinho: Avenida São Luiz, 187, 2º andar, tel.: (11)3214-4388.
Fonte: ÉpocaSP
História de pescador
Homem "pesca" anel perdido
21 anos e devolve ao dono
O anel estava dentro de um peixe pescado em um lago do Texas. O pescador encontrou o dono do objeto com ajuda internet
Parece história de pescador, mas os envolvidos juram que é verdade. O ano era 1987 e o americano Joe Richardson havia acabado de se formar Instituto Técnico Universal de Houston, no Texas. Duas semanas após a formatura, ele foi pescar com amigos no lago Sam Rayburn e perdeu seu anel de formatura.
Vinte e um anos depois, um pescador pegou um bass de boca pequena, peixe muito comum nos lagos americanos, e teve uma surpresa ao abrir o animal. Dentro do peixe de quatro quilos havia um anel dourado com uma pedra azul com o nome Joe Richardson gravado nele.
Com ajuda da internet, o pescador localizou Joe e devolveu-lhe o anel. O dono do anel, que agora tem 41 anos, quase não acreditou na história. Mas como o pescador lhe contou detalhes do anel perdido há mais de duas décadas, ele enfim se convenceu da história. Joe disse que o anel, que na época custou US$ 200, está em boas condições e que será mantido da mesma maneira que foi encontrado.
“Disse para minha mulher não limpá-lo. Quero ele do mesmo jeito que foi encontrado”, disse Joe.
Fonte: Época
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Sorria você esta sendo filmado!!
"Em nossas instalações de fabricação, administração e distribuição, temos uma filosofia específica - as câmeras fazem com que as pessoas honestas continuem honestas"
Leo Myers, engenheiro de segurança e sistema de vigilância da Mattel, explicando o uso entusiástico pela empresa de sistemas de vigilância sobre sua força de trabalho global, 1990
Filado do exelente malvados
Coexistir ou conviver?
Coexistência é a palavra da moda, cada vez mais em voga, desde que o vocalista Bono Vox, a usou em sua bandana em um show do U2.
Cristãos, muçulmanos, hindús, espíritas, ateus, devem aprender a existir lado-a-lado, respeitando-se mutuamente. Não se trata de Ecumenismo, que é, por definição, a fusão de religiões diferentes.
Como cristãos, devemos aprender a respeitar àqueles que pensam diferente de nós. Ninguém é obrigado a abraçar nossa fé. Lembremo-nos que não é por força, nem por violência, mas por obra e convencimento do Espírito.
Diferenças doutrinárias, culturais, sociais, raciais, não devem nos impedir de coexistir respeitosa e pacificamente. Jamais converteremos alguém à base de discussões calorosas. Desejar o desaparecimento de alguém, simplesmente por não concordar com seu modo de vida, ou com sua doutrina, é o mesmo que alimentar um sentimento homicida.
O que Deus espera de nós, não é apenas que aceitemos a existência do outro, mas que o convidemos a participar de nossa vida. Coexistir já é um enorme passo. Mas o projeto de Deus para nós vai muito além que a simples coexistência. Ele nos chama à convivência.
Devemos buscar ir além da mera coexistência. Temos que buscar a CONVIVÊNCIA. A diferença entre conviver e coexistir é que convivência implica viver juntos, ter vida em comum, enquanto que coexistência implica viver lado-a-lado, cada qual respeitando o espaço do outro.
Convivência só é possível onde haja comunhão. Mas para que haja comunhão, temos que estar em concordância acerca da Verdade. À medida que partilhamos o Evangelho, nosso círculo de convivência vai aumentando.
Talvez a coexistência seja o primeiro passo rumo à convivência. Mas não podemos parar por aí. Devemos buscar conviver, não apenas coexistir; conviver carinhosamente, em amor, e não apenas em tolerância mútua.
Pra coexistir, temos que aprender a tolerar os outros. Pra conviver, temos que aprender a perdoar. Pra coexistir, basta respeitar e aceitar a existência do diferente. Pra conviver, tem que amar, e convidar o diferente para que faça parte de nossa vida.
Podemos coexistir, sem nos importar com o outro. Simplesmente ignorar. Fingir que ele não existe, e assim, deixá-lo em paz. Mas para conviver, temos que abrir a porta de nossa casa. Temos que acolhê-lo e amá-lo.
Hermes C. Fernandes via Pavablog
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