segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Coexistir ou conviver?



Coexistência é a palavra da moda, cada vez mais em voga, desde que o vocalista Bono Vox, a usou em sua bandana em um show do U2.



Cristãos, muçulmanos, hindús, espíritas, ateus, devem aprender a existir lado-a-lado, respeitando-se mutuamente. Não se trata de Ecumenismo, que é, por definição, a fusão de religiões diferentes.


Como cristãos, devemos aprender a respeitar àqueles que pensam diferente de nós. Ninguém é obrigado a abraçar nossa fé. Lembremo-nos que não é por força, nem por violência, mas por obra e convencimento do Espírito.


Diferenças doutrinárias, culturais, sociais, raciais, não devem nos impedir de coexistir respeitosa e pacificamente. Jamais converteremos alguém à base de discussões calorosas. Desejar o desaparecimento de alguém, simplesmente por não concordar com seu modo de vida, ou com sua doutrina, é o mesmo que alimentar um sentimento homicida.


O que Deus espera de nós, não é apenas que aceitemos a existência do outro, mas que o convidemos a participar de nossa vida. Coexistir já é um enorme passo. Mas o projeto de Deus para nós vai muito além que a simples coexistência. Ele nos chama à convivência.


Devemos buscar ir além da mera coexistência. Temos que buscar a CONVIVÊNCIA. A diferença entre conviver e coexistir é que convivência implica viver juntos, ter vida em comum, enquanto que coexistência implica viver lado-a-lado, cada qual respeitando o espaço do outro.


Convivência só é possível onde haja comunhão. Mas para que haja comunhão, temos que estar em concordância acerca da Verdade. À medida que partilhamos o Evangelho, nosso círculo de convivência vai aumentando.


Talvez a coexistência seja o primeiro passo rumo à convivência. Mas não podemos parar por aí. Devemos buscar conviver, não apenas coexistir; conviver carinhosamente, em amor, e não apenas em tolerância mútua.


Pra coexistir, temos que aprender a tolerar os outros. Pra conviver, temos que aprender a perdoar. Pra coexistir, basta respeitar e aceitar a existência do diferente. Pra conviver, tem que amar, e convidar o diferente para que faça parte de nossa vida.


Podemos coexistir, sem nos importar com o outro. Simplesmente ignorar. Fingir que ele não existe, e assim, deixá-lo em paz. Mas para conviver, temos que abrir a porta de nossa casa. Temos que acolhê-lo e amá-lo.

Hermes C. Fernandes via Pavablog

Nenhum comentário: